Au Revoir.

Meus retratos sépia tão cheio de gentes tomam forma ao paladar do outro que os olha com perspectiva de artista mundano.
Dentro desse mundo mágico meus dedos tornam-se possibilidades de infinitas cores por abreviações pretas e brancas numa quadra de quitanda e bares apertados aconchegantemente arrumados para o lado de fora como que se fosse de encontro à minha lente.
Multidão de gente grande crescendo por detrás de um disfarce bicolor multifacetado andando por haver muitas obrigações e pouco tempo para nada. Como? Se caminho cautelosamente pelas calçadas e ainda sim vêm de encontro motocicletas brandas querendo levar-me a outros lugares... E que lugar melhor que Paris?
A moça me encanta com sacola dourada carregando porcelana recém modelada pelos sonhos que andou tendo essas últimas noites. As manequins me parecem sábias paradas em seus melhores ângulos para que nunca estejam com aparência desarrumada.
Meu mundo de profunda magia encontra-se com a realidade dentro de fotos que não tirei por serem detalhistas demais sem perceber que a simplicidade encontra-se aí também acobertada pelas luzes do sol que faz o negro tornar-se branco pela manhã.
E quem entende a complexidade do meu olhar na simplicidade de uma palavra?
Au Revoir.