Prefácio de "Sussurros Espelhados"

Prefácio

Sonoridade, simbologia, neologismos, sinestesias misturadas na ação do tempo revelando uma ordem cronológica de tristeza, amor, paixão, maturidade e felicidade em seus poemas.
As poesias de Letícia Faria Conde são assim, um misto mostrando uma visão fantasiosa sobre realidades cruas de uma vida curta, porém já cheia de experiências.
Com início em 2002, aos 14 anos, o livro é como um desabafo que aos poucos se renova na força de se recompor e renascer das cinzas. Sem intenções de revelar algo além desse mundo, a autora atém-se à tentativa de somente mostrar o homem como é: primeiro agarrado ao peito da mãe; depois andando voltado para o egocentrismo de escrever somente sobre si e suas dores, tendo segundas e terceiras pessoas, porém falando sempre sobre seu próprio mundo; depois voltando-se para o externo e alcançando uma abordagem com vista para o outro de fato e para o homem, ser humano, em si.
Um livro tão profundo quanto suas idéias talvez sejam, que o leitor não se deixe enganar... A Letícia mostra todo seu potencial através do tempo, mergulhando em si mesma para mostrar sua evolução pessoal.
Palavras desconexas que muitas vezes se unem, refletindo umas às outras, para mostrar que gritos podem se tornar sussurros!
Concluo com uma frase da autora que demonstra a revelação de seu Eu e do Tu, dando foco à descoberta de um mundo infindo que existe em si ao perpetuar-se em outrem...:

“Não amo-te porque tu sou Eu
Mas sim porque teu Eu faz parte de mim.”

Onira Óntos.