Labirintos

E foi assim que aconteceu…
Na era das flores e dos campos do meu ciclo vital
Encontrei a conjugação certa e determinada
Do verbo silencioso da razão normal
Dos predicados do coração
Sim… ou talvez não
Foi nesta idade que chegou a poesia
Desafiou-me no meu labirinto
Intimou-me com a sua beleza
Brincou com a minha fraqueza
Tocou-me ao de leve na mão
Não sei de onde veio
Se veio do meus invernos
Ou dos rios onde banho os meus pés
Não sabia o que responder
Os nomes ou as palavras que devia dizer
O que devia olhar ou quando devia desmaiar
Quando as linhas eram ténues e fracas
Quando as palavras tocavam a razão e não o coração
Quando era vã e crua a decifração
Mas a minha boca não tinha outro caminho
E eu, ser infinitésimo
Bebido pelos mistérios
Que me sentia uma parte pura do abismo
Tímido ao milésimo
Olhei nos teus olhos, poesia
E de repente se fez dia

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Friday, April 4, 2008 - 11:21

Poesia :

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Raul

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Re: Labirintos

Boa meditação, a vida é o pano de fundo do sonho…

:-)

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