“Socrática”
Chegara o século da malvadez
Aquando em duas se torna primeiro
Engana o Zé, forma-se burguês
Caminho de burla e desordeiro
Jantaradas por orçamento
E mentira, para entreter o jumento
Aos ventos e povos sacrificados
Numa época que tanto se engana
Envelhecidos por tempos bem contados
Outros veriam, gatunos e drogados
Nem por favor se livraram
Dos ardores que por ali passaram
Se conseguiram promessas
Foram fileiras e conversas
O Zé, bem alto cantaria
Militante de cravos encanados
Que depressa o vento mudaria
Na proa, com trafulhas encantados
Seria um quadro contente
Com fundo de tintas adquiridas
Se as fraudes não pintassem tanta gente
Em formações compradas e vendidas
Mas sendo, valores antigos, acreditados
Depressa se levantam as peneiras
Depressa cegam e deputados
Lábias arrogantes de toda a maneira
Que chegue mais outro, que seja novo
Para laçar a inchada que os cega
Que o teimoso, volta, em nome de um povo
Para um povo que vota em nome de regra
Para entreter, implorando novamente
Que o leve, lentamente, prá pendura
Que assim qualquer um é concorrente
Ao poleiro do tacho, onde come muita gente.
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