Arrependimento

Eu, pecador me confesso
Das horas mortas, sucumbidas ao vento
Por pensamentos insólitos, vadios
Dor tórrida, dias frios
Do cansaço, que invade o meu pensamento

A ti, Deus peço perdão
Por matar o meu tempo
Fechado no galinheiro
Sem ver o sol, a lua
A terra e o mar
Na ânsia de tudo conquistar
Perdi o meu tempo, minha alma está nua

Eu, que desprezei a natureza
Verdes campos, lindas terras
Sinto a dor, fraqueza
De viver desamparado
Estou loucamente desesperado
Por ver o tempo passar
Sem ter ninguém para abraçar
Somente por minha culpa
A porta se fechou
Vejo o mundo distante
Vivo esta dor sufocante
Da luz que não vejo
Do luar triste e frio
Onde desesperadamente rastejo

A dor desapareceu
Logo, deixei de escrever
Minha alma morreu
Meu corpo está cansado
De tanto sofrer