O Homem que outrora fui... (Aleksandr Pushkin)
O homem que outrora fui, o mesmo ainda o serei:
leviano, ardente. Em vão, amigos meus, eu sei,
de mim se espere que eu possa contemplar o belo
sem um tremor secreto, um ansioso anelo.
O amor não me traiu ou torturou bastante?
Nas citereias redes qual falcão aflante
não me debati já, tantas vezes cativo?
Relapso, porém, a tudo eu sobrevivo
e à nova estátua trago a mesma antiga oferenda...
Aleksandr Pushkin (1799-1837), poeta russo.
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Thursday, January 20, 2011 - 09:31
Poesia :
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