Só

Mundo a enxergar as respostas que não temos
Nas angústias conflitantes hastes nos separam
O aconchego do passado em amoras vermelhas
Há de pesar o que não se tem medida

Para além do transparente apoiar-se em olhos mudos
Em gengivas
Bocas
Dentes falsos (sobreveio)

Os versos da mente estão confusos
A titubear o que ainda não escrevo

São as horas
Malditas anedotas que sorriem
Próprias do branco incurável...

&...
Os olhos são faíscas
Latejantes glóbulos da morte

Tudo é envolto pela vacância
Subconjuntos formados de ódio e desapego
Astúcia e lentidão.

São os fortes
Os bravos
Homens da inércia
Apavorados pela ditadura
De não serem mais reis
Da vigência cósmica atormentada
Do asilo interno apodrecido
Em
Ânsias e náuseas do desespero.
Isto não é tristeza nem angústia
Peço-lhes que não me contradigam
Isto é o fruto
O fruto maduro ou podre,
Isto de tanto ser
Pouco importa.
São apenas as náuseas que me invadem
A parafrasear Sartre numa tarde ou numa noite...
Ditosas e agoniosas do fim.

Onde estão vocês,
A gozar nos campos
Ou dormir nas redes?