O último poema (Manuel Bandeira)
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
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"...o sol tão claro lá fora,
o sol tão claro, Esmeralda,
e em minhalma — anoitecendo."
Manuel Bandeira (1886-1968), grande poeta brasileiro. Poesia extraída de "Manuel Bandeira — 50 poemas escolhidos pelo autor", Ed. Cosac Naify – São Paulo, 2006.
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Sunday, February 20, 2011 - 23:11
Poesia :
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O último poema (Manuel Bandeira)
BELEZA DE POEMA, DE MANOEL BANDEIRA POETA NACIONAÇL!
MarneDulinski
Bandeira foi um dos primeiros
Bandeira foi um dos primeiros poetas a que fui apresentado nas aulas de literatura no antigo curso ginasial, gosto de muito de sua obra.