Encontro de olhares

Embalemo-nos nas palavras
(audíveis)
que nos levam pelos montes e vales
do desejo,
que nos elevam ao topo da estratosfera
(dos nossos sentidos gotejantes),
pelas estrofes que não ditas
são proferidas
pelo suave romper da língua
por entre os lábios
declamando as nuvens
na ponta do céu.
E seremos mais nós...

Sonho, vibro e gemo...
Tombo e caio!
Mas levanto-me
só para (ti)
te secar as lágrimas,
para te desenhar um sorriso
na face,
para te fazer reluzir o olhar
a todo o instante
(e em cada momento)
em que os meus olhos
se encontram nos teus.

Derretem-se as mãos
pelo emanar do calor dos corpos,
percorridos pela febre do toque
(intenso!)
com que digladiamos beijos acetinados,
dedos entrelaçados,
segredos apaixonados,
o nosso mundo nos nossos braços,
o mundo dos outros aos nosso pés...

Amar-te-ei da maneira que quiseres,
como me quiseres
(me terás!)
faça chuva,
faça sol,
seja Inverno ou Verão,
que o aconchego dos corações
seja o abraço do nosso amor.