Quando o mar espuma pela boca

 
O pescador lança o pêndulo do relógio
Ao mar
E este ao despertar de um sono eterno
Alvoraça a crista alva
E tropeça na primeira
Sereia
Ela que esqueceu-se do conto
Das crianças adormecidas
Ela que abandonou o príncipe
Desajeitado
Repete a mesma história
Com ímpetos de glória

Quando a areia deixar de revolver o mar
Quando o nevoeiro assentar sobre a enseada
Quando o tempo não me encontrar à chegada

O mar espumará laivos de amor
E abraçará cada montanha de coral
E beijará cada navio mercante
E finalmente…
A falésia desprotegida… será tua amante!
 

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Monday, May 16, 2011 - 00:20

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IsabelPinto

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