QUANDO O TELEFONE TOCA...

Quando o telefone toca
O meu coração dispara de contente
E sei que por vezes te ligo
Rara…Muito raramente
E não ficas indiferente
Mas o mundo não consente
O que o meu coração por ti sente

Mas enquanto não sinto
Trim…trim. Ou o toque dá ausente
E não atendes. E a tua voz não me surpreende
Do lado de lá
A respiração acelera

Por fim atendes

E de voz trémula digo:

“Está… Está – lá?!”

Algo de ti, dentro de mim
Ainda toca
Algo de ti e de mim
Algo de nós
Uma espécie de campainha
Escuta…Nota
Está aberta a porta
E a minha pulsação inquieta
na linha, em sinal de espera
Dia após dia, ano após ano
E sei que por vezes
Há desenganos
Linhas interrompidas…Quimeras
Na primavera das nossas vidas
Uma flor que não murcha
Campainha
Sabe o que o meu coração sente
Adivinha…Que tocas…
te abre a porta…e ainda te espera…
e sonha contigo

E quando por fim entras
O meu coração dispara…e acelera

-Agora fecha a porta…

Magda Graça