A flor que és (Fernando Pessoa)
A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço?
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor!
Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.
Fernando Pessoa, In: poemas de Ricardo Reis (Heterônimo)
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Monday, June 20, 2011 - 11:37
Poesia :
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