A moça da casa 70
Um vestido de vento brisa os pingos de ouro
Tocando contornos sorridentes
Para com feições angelicais
Num envolvimento verde
No possível levantar ao teto do céu.
As vidraças brincavam com a tristeza da virada do tempo
Com sombras pequenas e janelas curiosas,
Tão lento o segundo
Quando passarelas viram riachos de cimentos
Em leitos de desfiles suaves em câmara lenta.
Na encosta do muro uma porção de terra
Diz aos saltos
O que toda forma estival da vida conta.
No passeio um corpo sentado
Nas pernas claras, mãos circulam-se
Encontrando-se em picos joelhais
Um rosto nascente e verão ao máximo
Uma face é ligada ao canal do portão
Uma verdura
Alfaces de olhos verdes com gotas d’manhã
Dormindo em canteiros pisados com cuidado
Com medo de acordá-los.
Mais à tarde, rosas de cores múltiplas cruzam-se
Em camas de ares
O dia quase caído diz boa noite a noite
Ela não olha porque sente
Não respira nem vive porque é
Sendo o cosmo de sorvete com medo de derreter
Figura seu ego à forja de seu peito
Uma galáxia ao tronco
Um beijo à constelação
Seu desejo alcança
Lança
Se
Se
Sê mansa não grata
Nem dada
Mansa
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Comentarios
Boa noite!
Boa noite, Alcantra!
Primoroso, um encanto teu poema..gostei muito,parabéns!
Beijos.
Agradecido pelo vosso
Agradecido pelo vosso comentário belarose.
Abraços,
Alcantra