CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Caro insano tonto monstro

E por que olhas para mim deste jeito?
Enciumada alma atirada ao prego nos braços do escuro quarto
Alicerçado por uma vela e pelos braços abertos ao mirror cross.

Corres lenço por sobre face.
Queres comprar minha alma?

Sarcástica, castigas com dizeres furtados um sonho inoxidável
Revelada pela partida naquele mesmo medo de caminhar
E de estar a fadar.
Névoas doces singram o espelho in my soul
Sangras a ferida mais uma vez,
Uma vez mais.
Tu poderias ter-lhe em mil pedaços,
O nariz o cabelo destruído.
Serias cacos esparramados pelo céu do quarto.
Pediste sorte na má aventurada desgraça

Senda estreita do lado esquerdo coração
Foges de ti e cumpre a espreitar-te
Sem aceno, sem sombra de dentro da retina escura

Altamente daninho tornaste
Atormentado, resumiste num todo envergado ao chão
E nem por isso rompeste contigo as lânguidas coxas que rabiscam um pênis
Magro com rosto fino e nariz adunco
Excomungas algum silêncio deitado aos ouvidos
És para ti o que és para com sua única luz

Rápido!
Vai, tentes se levantar
Forças-te!...

Existe força aos seus olhos.
Agora serás outro do outro lado que separa a imagem
Pensavas que eras assim?
Um inútil um egoísta?
Nenhuma boca vem te beijar
Nenhum amor te ama
Nem na palavra nem na cama
Poderias chorar se pudesses,
Mas lágrimas não dizem nada.

Um cheiro posto ao fogo sentiste
Tênue chama mais calma que ti
Tão serena numa contrariedade imensa de fina alma que sofre
Luta mata alucina enlouquece quebra ataca sente mal sente ciúmes

Lembras dos sons de seus ombros?
Do olhar de sua pele
Do perfume do seu vidro
Da vida do seu reflexo
O olho olha o olhar do âmago
Tais costas são janelas

Tu poderias sim e sabes muito bem de pular do térreo até cair no último andar

Uma expressão inimaginável
Nascida no teto a feto
Escorraçado por uma amarela luz
Dada á luz ao vulto
Que te sonhas,
Do outro lado do transparente
Neste lado tão transparente
Inquietantemente
Corres como língua atropelando a fala
Que nem fala,
Mas imagina
Que nem grita,
Mas que doem ouvidos
Que nem chora,
Mas que caem lágrimas salgadas
Que nem sorri,
Mas que empenam lábios
Que nem pensa,
Mas que existe
Que nem vive,
Mas que morre
Adeus!
Apaga-se e se esvai e se esvai
Em busca de algum louva-a-deus,
Não! Vais sem louvar deus
Apunhala-te e deixa-te louvar a ti mesmo
Meu caro insano tonto monstro.

Submited by

terça-feira, dezembro 15, 2009 - 20:09

Ministério da Poesia :

No votes yet

Alcantra

imagem de Alcantra
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 14 semanas
Membro desde: 04/14/2009
Conteúdos:
Pontos: 1563

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Alcantra

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Amor Soma de poemas 5 1.996 02/27/2018 - 12:09 Português
Poesia/Geral Abismo em seu libré 0 2.164 12/04/2012 - 00:35 Português
Poesia/Geral Condado vermelho 0 2.782 11/30/2012 - 22:57 Português
Poesia/Geral Ois nos beijos 1 1.877 11/23/2012 - 11:08 Português
Poesia/Geral Dores ao relento 0 2.185 11/13/2012 - 21:05 Português
Poesia/Geral Memórias do norte 1 1.278 11/10/2012 - 19:03 Português
Poesia/Geral De vez tez cromo que espeta 0 2.319 11/05/2012 - 15:01 Português
Poesia/Geral Cacos de teus átomos 0 1.746 10/29/2012 - 10:47 Português
Poesia/Geral Corcovas nas ruas 0 2.296 10/22/2012 - 11:58 Português
Poesia/Geral Mademouselle 0 1.569 10/08/2012 - 15:56 Português
Poesia/Geral Semblantes do ontem 0 1.640 10/04/2012 - 02:29 Português
Poesia/Geral Extravio de si 0 2.163 09/25/2012 - 16:10 Português
Poesia/Geral Soprosos Mitos 0 2.687 09/17/2012 - 22:54 Português
Poesia/Geral La boheme 0 2.400 09/10/2012 - 15:51 Português
Poesia/Geral Mar da virgindade 2 1.630 08/27/2012 - 16:26 Português
Poesia/Geral Gatos-de-algália 0 2.364 07/30/2012 - 16:16 Português
Poesia/Geral Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios 2 1.713 07/23/2012 - 01:48 Português
Poesia/Geral Vales do céu 0 1.478 07/10/2012 - 11:48 Português
Poesia/Geral Ana acorda 1 2.078 06/28/2012 - 17:05 Português
Poesia/Geral Prato das tardes de Bordô 0 1.844 06/19/2012 - 17:00 Português
Poesia/Geral Um sonho que se despe pela noite 0 1.827 06/11/2012 - 14:11 Português
Poesia/Geral Ave César! 0 2.527 05/29/2012 - 18:54 Português
Poesia/Geral Rodapés de Basiléia 1 1.663 05/24/2012 - 03:29 Português
Poesia/Geral As luzes falsas da noite 0 2.488 05/14/2012 - 02:08 Português
Poesia/Geral Noites com Caína 0 1.724 04/24/2012 - 16:19 Português