Os campos de Julho
Uma nova morte procurou-te destemida este ano,
Há quão sofridos anos!
Tu que foste o mais arrojado dos filhos outonais
Parido no veludo macio tapete verde.
Sem ar
Com desgastes, estão os seus céus em apuros,
Seu sorriso, alvidado está.
Deixas à mercê suas vergonhas por falta de garoas,
Cadê o firme firmamento que outrora
Tocava trombetas trombas d’água?
Pergunto das planícies cujos beijos de giz tu roubavas:
Onde estão os vestidos delas, tecidos de serras?
Eram suaves quando em brisas lançavam
Para fora de suas longas pernas caules matagais.
As tesouras com cortes áridos foram te cortando,
Coitado!
Ainda gemes com pó fungando pulmões
Galhos mãos do seco custódia do acaso.
Pios finos ideados bicos de sabiás largados choramingões
Penduram a esperança vã aos ouvidos magnéticos.
Um arranhão no breu axila de rocha
Blasfêmia ária
Corolário nas agulhas da costura de linhas riachos
Na forma de uma Itália no zíper das botas
Éons de estradas tristes no choro do pó
Só ao pó
Posta ao pó
Poderia chamar tudo isto de ferida de amor,
Mas feridas de amores não se fecham
Ah! E como não!
Oh! Julho hálito de inverno
Nos brinquedos quebrados em infernos informais
Não venha com intrigas de depressão às coragens
Pranteadas ao ego frio
Ao júri surdo
O juízo de surtos
Para que no fim...
Esperar com calma coisa que final não há
Dentre atmosferas lacunas do não olhar,
Troço com cortesia não
Rostos ao ventre,
Bem!
Ainda bem... Que não.
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