Sabores locais de ambientes impressivos - I
Sabores locais de ambientes impressivos – I
Bocejo. Adio. Os dedos que escrevem não se regem pelo ciclo do tempo. Mas a mente, embora desse facto consciente, também lhe faz parceria. Preguiçosa em ordenar, em estruturar-se para o registo escrito do tempo preciso em que voei para outro sol, outro mar…
Habituei-me a deixar uns respingos de momentos, de sentires, de lugares outros marcados na agenda como férias. Antecipámo-las com os preparativos e preparámo-nos para nos surpreender, para multiplicar o efeito de evasão em sonhos discorridos ao acaso como rabiscos deixados na areia molhada de tantos beijos de mar.
Gran Canaria, praia do inglês, hotel Beverly Park foi o destino, espaço muito aprazível, do qual captei, em imagens, a versão poética. Independentemente do local, é relevante percecionar a peculiaridade do sentir de alma. Registar o externo ajudará a recriar a história dos nossos momentos.
Retomo este relato, hoje, 16 de agosto – iniciei-o no avião, dia 14 – numa esplanada da cidade onde se misturam os linguajares. É dia de feira e o mês de excelência dos emigrantes que não resistem a proferir algumas frases em francês. Sorrio, não de desdém, antes pela particularidade do “accent” que os identifica ainda que só falem em português.
Recentro-me ou tento concentrar-me…
Expectante, aprisiono as primeiras imagens da ilha ainda no aeroporto: espaços largos, flora que me evoca o tropical. Não quero perder nada, bastou o facto de quase perder o avião; fui a última a entrar só porque, efetuada uma rápida comprita, não dava com a porta de embarque, apesar da minha boa competência leitora e funcional (bem, houve outra aventura, alheia à minha pessoa, mas há que avançar na narrativa…).
Do aeroporto ao destino, o contraste entre a aridez das montanhas e os espaços mais verdes, cuidados, nas localidades foi a imagem de marca. Os catos apaixonaram-me: enormes, diversificados e de formas atrevidas. As fotos que tirei são bem elucidativas, embora neste relato só seja possível uma pálida amostra, no seguimento do mesmo.
Ainda bailando no meu olhar, relevo a simpatia das gentes, o respeito e o hábito (que não encontrei em Tenerife e Maiorca), do cantante cumprimento “olá”, dirigido a qualquer pessoa, sobretudo no elevador, ganhando respeitável estatuto entre todos, independentemente da nacionalidade.
Odete Ferreira
As fotos podem ser vistas no link: http://portate-mal.blogspot.pt/2012/08/sabores-locais-de-ambientes-impressivos.html
Submited by
Prosas :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1404 reads
other contents of Odete Ferreira
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Acaso(s) | 0 | 1.577 | 08/30/2011 - 01:22 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Alma leve | 0 | 986 | 08/30/2011 - 01:19 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Tua | 0 | 1.736 | 08/24/2011 - 18:56 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Não quero contrariar o destino | 2 | 1.247 | 08/24/2011 - 17:14 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Pode-se amar com silêncios? | 2 | 2.069 | 08/15/2011 - 11:25 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Ruas e ruelas de amargura | 0 | 1.497 | 08/15/2011 - 00:32 | Portuguese | |
Poesia/General | Mãos | 0 | 1.367 | 08/10/2011 - 01:02 | Portuguese | |
Prosas/Pensamientos | Ruas e ruelas de amargura | 0 | 1.622 | 08/04/2011 - 00:49 | Portuguese | |
Poesia/Fantasía | Apetece-me encontrar-me à janela | 2 | 1.388 | 07/28/2011 - 15:13 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Maio, doce Maio | 2 | 1.222 | 07/21/2011 - 21:25 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Reencontro com a sua estrela | 0 | 1.118 | 07/17/2011 - 23:47 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Video poema | 0 | 1.052 | 07/15/2011 - 23:38 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Dois dedos de escrita | 2 | 1.416 | 07/15/2011 - 22:14 | Portuguese | |
Poesia/Fantasía | DE cara airosa e lavada | 5 | 1.478 | 07/15/2011 - 01:34 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Um tu que não sou eu | 2 | 1.460 | 07/15/2011 - 01:20 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Breve história ou uma história para sempre | 0 | 1.355 | 07/10/2011 - 00:08 | Portuguese | |
Prosas/Otros | A palavra, serviçal do nosso querer | 0 | 1.687 | 07/05/2011 - 01:39 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Do cansaço me desfaço | 2 | 1.850 | 06/27/2011 - 23:37 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | As casas com que me visto | 4 | 1.203 | 06/17/2011 - 20:32 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Dilema da conformidade... Um título, um filme...Viver! | 0 | 3.106 | 06/16/2011 - 16:00 | Portuguese | |
Fotos/Eventos | Sessão de autógrafos na Feira do Livro - Livro "EM SUSPENSO" | 0 | 2.893 | 06/16/2011 - 15:38 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | As casas com que me visto | 2 | 903 | 06/16/2011 - 08:17 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | No meu ser, no meu estar | 2 | 886 | 06/14/2011 - 22:47 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Vida em escada | 0 | 968 | 06/10/2011 - 00:23 | Portuguese | |
Poesia/General | Princesa em reino de silêncio | 4 | 1.117 | 06/07/2011 - 20:10 | Portuguese |
Add comment