Alma estupidamente doente


Ensopada em carregamentos
negativos
repulso-os impulsivamente.
Odeio este martelar
de romantismos bafientos.

Gostar de mim,
Apenas.
Inventar atalhos
para o jardim
cheiroso de ervas aromáticas…
Lavanda, alecrim
que toco
involuntariamente,
quando as pernas nuas
dizem um sim.

Lavar os olhos
dos abrolhos
que lágrimas latentes
fazem doer.

Encobrem retinas esverdeadas
(ou acastanhadas)
que estados de almas tristes
fazem empalidecer.

Traço um plano na mente…
Arquiteta experiente
em construção de raiz.
Arquiteta de outra matriz
serei, como aprendiz
em reabilitação desta alma
estupidamente doente.

Quem pode negar
que sentir diferente
não passa afinal
de um sinal
de mera estupidez.
Tal como conjugar
aqueles verbos…
Os tais! Gostar e amar…

OF 09-10-11

Submited by

Viernes, Noviembre 16, 2012 - 16:13

Poesia :

Su voto: Nada (2 votos)

Odete Ferreira

Imagen de Odete Ferreira
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 5 años 6 semanas
Integró: 01/11/2011
Posts:
Points: 1924

Comentarios

Imagen de GIL60

Um belíssimo poema...

Um belíssimo poema...amiga e poetisa Odete.

Muitas vezes, temos que olhar para dentro de nós e refletirmos, no rumo que queremos seguir.

Adorei!

Beijinhos carinhosos...

Imagen de Odete Ferreira

P/GIL60

Eu diria mesmo que devíamos estar sempre num processo de interiorização, amigo.

Claro que há processos que vêm com o correr dos anos e do percurso vivencional, das crenças, das circunstâncias...

Por isso é que, uma mesma temática , resulta sui generis em cada um...

Muito obg por teres gostado :)

Bjo

Imagen de Henricabilio

apesar do cântico

apesar do cântico desencantado
deseja-se que nunca se gaste
a palavra gostar.

Saudações!

_Abilio

Imagen de Odete Ferreira

P/Henricabilio

Isso nunca! Não gostar é ser amorfo, ou nado-vivo!

Agradecida pela leitura e assídua presença, amigo Abílio

Bjo :)

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odete Ferreira

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Semeio-me de Natal 0 1.942 12/23/2014 - 00:14 Portuguese
Poesia/Meditación Beleza horizontal 0 1.861 12/05/2014 - 20:07 Portuguese
Poesia/General Tens o milagre na mão 0 912 11/17/2014 - 02:27 Portuguese
Poesia/Dedicada E eu seguia-te 0 974 11/08/2014 - 17:06 Portuguese
Poesia/Soneto Resgate 0 1.761 11/03/2014 - 01:47 Portuguese
Poesia/Tristeza Vazios 0 1.576 10/21/2014 - 16:01 Portuguese
Poesia/General Versos molhados 0 836 10/09/2014 - 00:52 Portuguese
Poesia/Fantasía Da vida extraímos sinfonia 0 1.180 10/03/2014 - 00:57 Portuguese
Poesia/General Faltou arrojo a este outono 0 1.376 09/25/2014 - 00:36 Portuguese
Poesia/Amor O que o abraço não disse 2 1.081 09/09/2014 - 14:59 Portuguese
Poesia/General Basta um olhar desperto 2 1.237 07/28/2014 - 00:11 Portuguese
Poesia/Intervención Tragicomédia de um verão português 0 783 06/27/2014 - 00:37 Portuguese
Poesia/Fantasía E sorri à madrugada 0 970 06/22/2014 - 22:50 Portuguese
Poesia/Intervención E da boca caem palavras azedas 2 1.237 06/18/2014 - 19:46 Portuguese
Prosas/Otros Crónica de um hoje 2 2.377 06/07/2014 - 19:15 Portuguese
Poesia/Intervención Ventos de Maio 2 623 06/07/2014 - 19:11 Portuguese
Poesia/Meditación Todo o espaço é um não tempo 2 1.000 05/26/2014 - 23:27 Portuguese
Poesia/General Viajante do mundo 0 886 05/15/2014 - 01:30 Portuguese
Poesia/General Sorrio-te criança poesia 0 693 04/06/2014 - 01:21 Portuguese
Poesia/Dedicada Para lá do palco 0 594 03/27/2014 - 23:53 Portuguese
Poesia/Dedicada Memorial I 0 951 03/20/2014 - 01:10 Portuguese
Poesia/Dedicada Mulher, emotiva sedução 0 781 03/08/2014 - 16:52 Portuguese
Poesia/Soneto A uma ausência não querida 0 1.037 03/02/2014 - 01:10 Portuguese
Poesia/Fantasía Arco-íris, miragem de ti 0 934 02/19/2014 - 17:15 Portuguese
Poesia/Desilusión Hoje estou magoada 0 734 02/09/2014 - 21:19 Portuguese