O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
59
Dia: olha as árvores restantes
em busca do mágico canto
dos pássaros
noite: sabe insone o dia passado
entre concretos e negros asfaltos
onde morrem pássaros e árvores
repete: entre dias e noites sua espera
desperta sentimentos e tristezas
com que não se alimenta e vê
pássaros: lembra o voo altivo do albatroz
em busca da força e vida no que encontra
caça e come entre ondas calmas
árvores: do outro lado da rua
alguém derrubou a árvore restante
e a cortou em pedaços
agora carregados
para longe.
(Pedro Du Bois, O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS,Vol. II)
Submited by
Jueves, Noviembre 19, 2009 - 18:16
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 701 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
other contents of PedroDuBois
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | A SENSAÇÃO DO NOME | 1 | 724 | 08/04/2009 - 03:10 | Portuguese | |
Poesia/General | EQUAÇÕES | 5 | 1.118 | 07/26/2009 - 19:54 | Portuguese | |
Poesia/General | LUÍSA | 4 | 558 | 07/16/2009 - 11:51 | Portuguese | |
Poesia/General | APRENDENDO A VOLTAR | 10 | 977 | 07/15/2009 - 00:55 | Portuguese | |
Poesia/General | O LIXO REVOLVIDO | 6 | 1.080 | 07/13/2009 - 19:16 | Portuguese | |
Poesia/General | RETORNO I | 2 | 830 | 07/12/2009 - 00:46 | Portuguese | |
Poesia/General | VIDAS | 6 | 762 | 07/11/2009 - 19:40 | Portuguese | |
Poesia/General | SOLIDÃO | 8 | 704 | 07/09/2009 - 21:27 | Portuguese | |
Poesia/General | A LUZ DESPOSSUÍDA | 4 | 754 | 07/06/2009 - 17:39 | Portuguese | |
Poesia/General | DESENHOS | 6 | 1.014 | 07/06/2009 - 17:37 | Portuguese | |
Poesia/General | PEDIR | 8 | 1.140 | 07/04/2009 - 00:32 | Portuguese | |
Poesia/General | CONFISSÃO | 4 | 715 | 06/30/2009 - 20:59 | Portuguese | |
Poesia/General | PRESO | 2 | 708 | 06/28/2009 - 04:39 | Portuguese | |
Poesia/General | MAR ABERTO | 7 | 911 | 06/25/2009 - 21:22 | Portuguese | |
Poesia/General | OS DIAS INDIFERENTES | 5 | 1.090 | 06/13/2009 - 02:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Tânia | 2 | 919 | 06/13/2009 - 02:08 | Portuguese | |
Poesia/General | FICAR | 2 | 834 | 06/08/2009 - 03:47 | Portuguese | |
Poesia/General | XLIX - Como Objetos Inseparáveis | 1 | 1.214 | 06/08/2009 - 03:32 | Portuguese | |
Poesia/General | PALAVRAS | 4 | 920 | 06/08/2009 - 03:24 | Portuguese | |
Poesia/General | JÚLIA E MARINA | 1 | 942 | 06/08/2009 - 03:16 | Portuguese | |
Poesia/General | COTIDIANOS | 1 | 1.081 | 05/31/2009 - 20:42 | Portuguese | |
Poesia/General | O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS | 2 | 996 | 05/30/2009 - 00:18 | Portuguese | |
Poesia/General | CIRCUNLÓQUIOS | 1 | 1.131 | 05/27/2009 - 17:46 | Portuguese | |
Poesia/General | (DES)TEMPO | 3 | 822 | 05/26/2009 - 23:40 | Portuguese | |
Poesia/General | A CASA EM PROCURAS | 1 | 1.156 | 05/25/2009 - 01:10 | Portuguese |
Comentarios
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
LINDO POEMA!
VEJO COMO QUE, ALGUÉM DERRUBOU O ÚLTIMO REFÚGIO DOS PÁSSAROS; SOMENTE SENDO ALBATROZ, PARA PODER VOAR, PLANAR VIVER!
MarneDulinski
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Albatroz, Marne, ave de grande envergadura. Solto em ares e águas. Passeiam pela praia. Contemplam barcos em pesca. Nosso gosto. Nosso gesto. Nossa vontade. Talvez. Abraços, Pedro.
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Bonita poesia mergulhada no tempo passado, presente e futuro, o dia e a noite para os que já foram e os que cá estão:
"repete: entre dias e noites sua espera
desperta sentimentos e tristezas
com que não se alimenta e vê"
Um abraço :-)
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Somos assim, não, Manuela? Ares e pássaros. Grato pela sua leitura. Abraços, Pedro.
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Pedro,
Adoro ler teus poemas , pois nos leva a uma analise profunda tanto do texto como de nós mesmos.
Não sei se essa é a tua interpretação, mais se não for me diga estou atenta a aprender.
Eis que de longe minha mente esta penso em você e tudo que esta ao meu redor a acontecer. Aguardo tua chegada olhando as folhas das arvores que aos poucos caem e peço que venhas antes da última. O cenário já não me traz tantas lembranças, o que me desperta no meio deste turbilhão é saber que retornará em breve. Volte logo não sei se aguentarei ver a folha da última arvore cair.
Aguardo tua interpretação.
Abç
Cecilia Iacona
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Cara Cecília: a graça do poema reside na liberdade com que os podemos ler: nossa leitura sempre é correta, independente do que o autor (quando o escreveu, pensou que fosse). Agradeço suas palavras e siga em frente! Abraços, Pedro.