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SOLIDÃO
IV
Estou sozinho
sem despedidas
ou mensagens
sem flores
ou abraços
sem a presença antiga
dos amores
desconsiderados
em lágrimas
descabidas
o espaço disponível
sufoca a lembrança
e o tédio junto ao medo
refreia o gesto
estou parado
junto à porta
e a porta está fechada.
(Pedro Du Bois, em A ILUSÃO DOS FATOS)
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quarta-feira, julho 8, 2009 - 00:16
Poesia :
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Comentários
Re: SOLIDÃO
Fantástica descrição da solidão
Adorei
Abraço
Re: SOLIDÃO
Caríssimo Jopeman: entendo que por mais gregários que sejamos, somos solitários seres: toda escolha, toda decisão, por exemplo, são atos solitários. A submissão, a subjugação, e por aí vão, são atos solitários de vontade. por isso o peso, por isso o medo, por isso a fuga. abraços, Pedro.
Re: SOLIDÃO
Gostei muito , escrever de um modo simples mas com muita musicalidade, alem disso fala de uma sensação de incomunicabilidade. Ás vezes sinto-me assim
Re: SOLIDÃO
Grato, Lobo, pela sua leitura e comentário. A idéia é basicamente essa: palavras simples, textos simples: tento a amplitude das leituras. Abraços, Pedro.
Re: SOLIDÃO
estou parado
junto à porta
e a porta está fechada.
É preciso abrir essa porta nem que seja com dinamite poético!!!
:-)
Re: SOLIDÃO
poeticamente exausto: os fatos iludem em versões desencontradas: essa a solidão. Abraços, Pedro.
Re: SOLIDÃO
A resignação muda imputada pela inexorável solidão.
Foi isso que senti. Gostei muito.
Abraços.
Re: SOLIDÃO
Gostei da sua leitura. Abraços, Pedro.