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O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
59
Dia: olha as árvores restantes
em busca do mágico canto
dos pássaros
noite: sabe insone o dia passado
entre concretos e negros asfaltos
onde morrem pássaros e árvores
repete: entre dias e noites sua espera
desperta sentimentos e tristezas
com que não se alimenta e vê
pássaros: lembra o voo altivo do albatroz
em busca da força e vida no que encontra
caça e come entre ondas calmas
árvores: do outro lado da rua
alguém derrubou a árvore restante
e a cortou em pedaços
agora carregados
para longe.
(Pedro Du Bois, O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS,Vol. II)
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Comentários
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
LINDO POEMA!
VEJO COMO QUE, ALGUÉM DERRUBOU O ÚLTIMO REFÚGIO DOS PÁSSAROS; SOMENTE SENDO ALBATROZ, PARA PODER VOAR, PLANAR VIVER!
MarneDulinski
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Albatroz, Marne, ave de grande envergadura. Solto em ares e águas. Passeiam pela praia. Contemplam barcos em pesca. Nosso gosto. Nosso gesto. Nossa vontade. Talvez. Abraços, Pedro.
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Bonita poesia mergulhada no tempo passado, presente e futuro, o dia e a noite para os que já foram e os que cá estão:
"repete: entre dias e noites sua espera
desperta sentimentos e tristezas
com que não se alimenta e vê"
Um abraço :-)
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Somos assim, não, Manuela? Ares e pássaros. Grato pela sua leitura. Abraços, Pedro.
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Pedro,
Adoro ler teus poemas , pois nos leva a uma analise profunda tanto do texto como de nós mesmos.
Não sei se essa é a tua interpretação, mais se não for me diga estou atenta a aprender.
Eis que de longe minha mente esta penso em você e tudo que esta ao meu redor a acontecer. Aguardo tua chegada olhando as folhas das arvores que aos poucos caem e peço que venhas antes da última. O cenário já não me traz tantas lembranças, o que me desperta no meio deste turbilhão é saber que retornará em breve. Volte logo não sei se aguentarei ver a folha da última arvore cair.
Aguardo tua interpretação.
Abç
Cecilia Iacona
Re: O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS
Cara Cecília: a graça do poema reside na liberdade com que os podemos ler: nossa leitura sempre é correta, independente do que o autor (quando o escreveu, pensou que fosse). Agradeço suas palavras e siga em frente! Abraços, Pedro.