Kiele Aloha

O reflexo desce,
assim, do nada em foguete de desejo, à velocidade de um beijo perdido...
Minha mão presa a alçada de cama em mogno antigo,
é travesseiro espelhado no chão em lamurios e lamentos vagos de pedra de moleiro que já não faz pão...
Bagos de areia que se espalham no corpo como arroz trinca em casamento combinado...
O reflexo esta cansado, tantas vezes foi vulto e foi espera...
Ambicionou ser primavera em deserto, mas os cactos não quiseram saber...
Guardaram a agua e deixaram as flores morrer...
A sede morreu às portas de um oásis qualquer de palmeiras de plástico...
O amor deixou de ser fantástico ontem e renasceu hoje, como todos os dias...
Uma Fénix de cinzas fugidias
em sol de pouca dura,
que perdura mesmo assim...
Porque se calam os melros quando choro,
ou quando coro,
ou quando nem sinto nada e o mundo dentro de mim se acaba de te querer tanto...
No entanto, o mundo não roda ao contrario e a lua continua por pisar...
Não sei deixar de te amar,
não sei, nem tento, lamento...
Não sei prescindir de ti, nunca aprendi...
Não sei... E se algum dia soube... Esqueci...

Inês Dunas
Libris Scripta Est

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Sábado, Diciembre 12, 2009 - 11:06

Poesia :

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Comentarios

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Kiele Aloha

Poema muito bonito.

Gostei de o ler do princípio ao fim.

Parabéns,
um abraço,
REF

Imagen de MarneDulinski

Re: Kiele Aloha

LINDO POEMA, B E L E Z A PURA!
Meus parabéns,
MarneDulinski

Imagen de FlaviaAssaife

Re: Kiele Aloha

Librisscriptaest,

Gostei de ler. Destaco:

"Uma Fénix de cinzas fugidias
em sol de pouca dura,
que perdura mesmo assim...
Porque se calam os melros quando choro,
ou quando coro,
ou quando nem sinto nada e o mundo dentro de mim se acaba de te querer tanto..."

Lindos versos....

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