Num bar

Uma criação implorando para nascer
Na mesmíssima proporção quando vemos a infância crescer,
Visões ao largo encontram mundos desconhecidos

Quem de entre vós será capaz de definhar-se
Na mortalha mal trabalhada,
Nos fios conduzidos à luz coada
Severa e mística da pele do quarto
Esta, pois não nega com cuidado a culpa,
Muito menos sentes pavor da morte lenta

Esqueceram o mal do século
E as feições Van Goghiana num retrato
Pintado pela aparência

Houve épocas que a noite era impecável
Discursos ao curso nexo de viradas manhãs
Amanhecidas num leito
Aonde corpos entrelaçavam-se com cura
Volúpia medo & desejos

Veio a discrepância e o solo lamento da mal fadada
Silhueta da sombra que afasta-se ao repente
Deslizou por entre sons de violoncelos.

O breve ficou ao alento e ao quem sabe um dia

Hoje, sedosas mãos tapam alguns olhos
E amordaçam alguma tão somente boca
Os gritos vão ao interior perdido do coração
Visões seguem cegas na imagem revelada da alma maldizente

Mais que algo por...
Sobre uma toalha
Uma xícara
Uma memória

Lúcido! Lúcido!
O intelecto é indigesto

No silêncio vivo toca-me ao cérebro
Ao sino de tino badalo
E faço-me de um café bastante diferente.

Submited by

Martes, Diciembre 15, 2009 - 19:28

Ministério da Poesia :

Sin votos aún

Alcantra

Imagen de Alcantra
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 10 años 4 semanas
Integró: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Alcantra

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Críticas/Libros Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom 0 2.322 11/19/2010 - 01:40 Portuguese
Críticas/Cine O LIBERTINO 0 1.887 11/19/2010 - 01:40 Portuguese
Críticas/Libros ULISSES de JAMES JOYCE 0 1.924 11/19/2010 - 01:40 Portuguese
Prosas/Drama Idas da Volta que ainda não sou 0 1.935 11/18/2010 - 23:05 Portuguese
Prosas/Otros Apenas num jornal 0 1.064 11/18/2010 - 23:03 Portuguese
Prosas/Drama Saliva ácida 0 1.954 11/18/2010 - 22:56 Portuguese
Poesia/Meditación A hipocrisia do verme 0 2.052 11/17/2010 - 22:53 Portuguese
Poesia/Amor Simplesmente Ela 4 1.095 09/11/2010 - 00:47 Portuguese
Poesia/General Emulação da candura 2 974 09/09/2010 - 16:20 Portuguese
Poesia/General Falésias debruçadas 4 1.227 08/28/2010 - 15:31 Portuguese
Poesia/Aforismo Rubra Janela da tarde 2 1.195 07/30/2010 - 17:42 Portuguese
Poesia/Intervención Ziguezagueia destino ziguezagueante 3 937 07/18/2010 - 13:12 Portuguese
Poesia/General Os trilhos estão indo... 3 875 07/05/2010 - 03:27 Portuguese
Poesia/General Laços da língua 1 1.227 06/18/2010 - 01:22 Portuguese
Poesia/Aforismo Arma que se arma 1 1.150 06/02/2010 - 16:06 Portuguese
Poesia/General Último dia Último 7 828 05/26/2010 - 18:35 Portuguese
Poesia/General A poesia está morta 2 868 05/15/2010 - 03:21 Portuguese
Poesia/General A privada do gigante 1 1.183 05/09/2010 - 21:32 Portuguese
Prosas/Otros A criação do Demônio Interior 1 1.505 04/26/2010 - 18:19 Portuguese
Poesia/General Triste aperto de mãos 5 1.200 04/22/2010 - 22:29 Portuguese
Poesia/Intervención Entretanto, vicissitudes... 4 1.042 04/19/2010 - 15:18 Portuguese
Poesia/General Selo de poesia 5 1.252 04/12/2010 - 15:16 Portuguese
Poesia/Intervención Ferro quente 5 850 04/10/2010 - 17:33 Portuguese
Poesia/Amor Cativo 4 1.249 04/05/2010 - 23:36 Portuguese
Poesia/General Colar boca a boca - Soltar boca da boca 3 1.002 03/31/2010 - 18:55 Portuguese