CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Colar boca a boca - Soltar boca da boca
Fecham-se as portas
E mundos estreitos tilintam luzentes
Letras de veementes vidas que morrem,
Mortes que vivem...
Psiu!
Espumas dizem bolhas em bocas brancas
Explodem em vapores refrescantes.
Limpamos o gosto salgado do choro
Da mancha, manchamos sentidos.
Tocam-se dedos de insultos...
Suor soa e sua cansaço.
Tem angústia tentando arrombar trincas
Mais uma vez há tentativa de sobrevivência
Põe-se sentido nas vozes, expressões e olhares,
Mas de repente o silêncio volta ao nada
Sons repetem gestos e visões
Manhãs são portões
Que prendem no passado o que foi:
E ainda pensar nas coisas contrárias...
Nas tardes que são mãos
E que matam manhãs envelhecidas.
Delícias de toques brincam com pensamentos
Que no fim mudam de temperamento
Tornando-se o carrasco do capuz da maldade
Torturando feridas já tapadas
Que enfim... sempre abrem-se
Os joelhos não obedecem pernas
Nem pernas obedecem medulas
Qual nome ainda é nome?
Qual ser ainda é ser...
Se somos línguas corridas em vozes fugidias?
Qual verdade ainda é verdade?
Qual desejo ainda é desejo...
Se enxergamos o que sonhamos?
E sonhamos!
E somente sobressaltamos
A vontade de ainda não ser
O que somos.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 984 leituras
Add comment
other contents of Alcantra
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | Soma de poemas | 5 | 2.655 | 02/27/2018 - 11:09 | Português | |
Poesia/Geral | Abismo em seu libré | 0 | 3.081 | 12/03/2012 - 23:35 | Português | |
Poesia/Geral | Condado vermelho | 0 | 3.505 | 11/30/2012 - 21:57 | Português | |
Poesia/Geral | Ois nos beijos | 1 | 2.562 | 11/23/2012 - 10:08 | Português | |
Poesia/Geral | Dores ao relento | 0 | 2.778 | 11/13/2012 - 20:05 | Português | |
Poesia/Geral | Memórias do norte | 1 | 1.949 | 11/10/2012 - 18:03 | Português | |
Poesia/Geral | De vez tez cromo que espeta | 0 | 3.028 | 11/05/2012 - 14:01 | Português | |
Poesia/Geral | Cacos de teus átomos | 0 | 2.412 | 10/29/2012 - 09:47 | Português | |
Poesia/Geral | Corcovas nas ruas | 0 | 2.877 | 10/22/2012 - 10:58 | Português | |
Poesia/Geral | Mademouselle | 0 | 2.185 | 10/08/2012 - 14:56 | Português | |
Poesia/Geral | Semblantes do ontem | 0 | 2.149 | 10/04/2012 - 01:29 | Português | |
Poesia/Geral | Extravio de si | 0 | 2.860 | 09/25/2012 - 15:10 | Português | |
Poesia/Geral | Soprosos Mitos | 0 | 3.420 | 09/17/2012 - 21:54 | Português | |
Poesia/Geral | La boheme | 0 | 3.164 | 09/10/2012 - 14:51 | Português | |
Poesia/Geral | Mar da virgindade | 2 | 2.297 | 08/27/2012 - 15:26 | Português | |
Poesia/Geral | Gatos-de-algália | 0 | 3.138 | 07/30/2012 - 15:16 | Português | |
Poesia/Geral | Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios | 2 | 2.421 | 07/23/2012 - 00:48 | Português | |
Poesia/Geral | Vales do céu | 0 | 2.326 | 07/10/2012 - 10:48 | Português | |
Poesia/Geral | Ana acorda | 1 | 2.677 | 06/28/2012 - 16:05 | Português | |
Poesia/Geral | Prato das tardes de Bordô | 0 | 2.464 | 06/19/2012 - 16:00 | Português | |
Poesia/Geral | Um sonho que se despe pela noite | 0 | 2.648 | 06/11/2012 - 13:11 | Português | |
Poesia/Geral | Ave César! | 0 | 3.034 | 05/29/2012 - 17:54 | Português | |
Poesia/Geral | Rodapés de Basiléia | 1 | 2.469 | 05/24/2012 - 02:29 | Português | |
Poesia/Geral | As luzes falsas da noite | 0 | 2.832 | 05/14/2012 - 01:08 | Português | |
Poesia/Geral | Noites com Caína | 0 | 2.341 | 04/24/2012 - 15:19 | Português |
Comentários
Re: Colar boca a boca - Soltar boca da boca
Qual verdade ainda é verdade?
Qual desejo ainda é desejo...
Se enxergamos o que sonhamos?
E sonhamos!
E somente sobressaltamos
A vontade de ainda não ser
O que somos.
Como sempre os teus poemas, são para ir lendo e relendo devagar. Sentir que caimos em cada passagem e já nada resta quando levantamos os olhos para o céu. Se ao menos um registo ficasse, um nome para contar a história, aí seríamos a bem aventurança, ao encontro do que nos gerou e criou e não andaríamos às voltas sem saber quem somos. Tudo muda e nessa mudança em vez de nos encontrarmos, afastamo-nos cada vez mais.
Os teus poemas são muito mais do que o que se lê, representam a força, o pulsar da vida que há em ti e eu adoro ler-te,
Beijos
Matilde D'Ônix
Re: Colar boca a boca - Soltar boca da boca
Alcantra :-)
Fantástico, poema.
Muito bom mesmo!!!
Abraço-luz...
mm
Re: Colar boca a boca - Soltar boca da boca
Delícias de toques brincam com pensamentos
Que no fim mudam de temperamento
Tornando-se o carrasco do capuz da maldade
Torturando feridas já tapadas
Que enfim... sempre abrem-se...
Mais um excelente poema que encontro no WAF!
:-)