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Cativo

Todo dia
Toda hora
Todo minuto
Todo segundo
Vejo aquele sorriso...
De alado céu virando estações
De estações viradas por alado céu.

Os lábios sempre anunciam rindo
Quando os olhos acham quem o coração procura

Quando mãos encontram mãos
Felicidades tocam-se
Em meio à dor ambulante do meio-dia triste.

Quando corpos encontram corpos
Apaixonam-se.
Um outro fogo alastra por sobre impérios
Labaredas que ascendem em peitos
Uma chama incandescente que queima
Cada vez mais
À medida que o tempo rouco
Passa fora de nossos jardins enamorados.

Quando lábios encontram lábios
Acha-se o paraíso.
Esquece-se toda realidade desgraçada, pungente
Passa a viver um sonho bom.

Paro
Fico olhando
Observo passos
E tão lentos...
E tão delicados...
Que movimentos tais levam mais de séculos
Em minhas retinas sobreviventes
De ardentes elos de nossas ligas.

Sem sinal de velhice
Passa-se um milênio
Até a brisa vencer balançando cabelos.
Uma eternidade
Quando o rosto se vira
Um olhar se lança
Tão esverdeado olhar
Tão esverdeado flora de verde mato.

Meu bobo coração pulsante palpitante
Sofre insólito desejo cravante
Ao viver ver que está preso
Cativeiro cativado seu.

Submited by

sexta-feira, fevereiro 26, 2010 - 00:59

Poesia :

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Alcantra

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Comentários

imagem de mariamateus

Re: Cativo

Alcantra :-)

Muito bom poema,

Gosto de o ler!!!

Abraço-luz para si!

mm

imagem de Henrique

Re: Cativo

Um poema de amor que se lê e sente…

:-)

imagem de MarneDulinski

Re: Cativo

LINDO POEMA, GOSTEI DEMAIS!

O POEMA POR SI SÓ FALA DE SUA BELEZA, EXCLUINDO MEU COMENTÁRIO!

Meus parabéns,
Marne

imagem de rainbowsky

Re: Cativo

Cativo sem dúvida alguma!

"Meu bobo coração pulsante palpitante
Sofre insólito desejo cravante
Ao viver ver que está preso
Cativeiro cativado seu."

Gostei!

rainbowsky

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