Lua do Sul


Quando o cansaço lhe estiver com mãos enrugadas sobre sua cabeça,
Não tente o teto que não pensa
Ou lamentos do corpo estirado ao jardim
Não fales flores nem espinhos...
Sabes que lençóis sangram
Sudários se desenham o nada ao fóssil

O indefinido persiste
Ao facto

Acender as ventas para portões fechados?
Não!
Das romãs nas ruas as varandas com olhares flutuantes
E das grades invisíveis da prisão mental
A timidez que entorpece o ego

Peças em soma
Do contrário
Coisas antagônicas fundem-se
Na inexplicabilidade das bocas
De anos a mais de mil um til
Quase que por um fio
Foste a peçonha do hálito frio
 

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Miércoles, Abril 20, 2011 - 16:08

Poesia :

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Alcantra

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