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A Bíblia Poética do século XXI
Vou contar-lhes uma história;
Falo da vida de pensamentos dum poeta decadente,
Do transcendente relato de quem passou pelo paraíso e pelo inferno
Para alcançar as escrituras perdidas da poética:
Quem feriu meus olhos?
Quem inventou o cristal frágil e delicado?
Sabem que ainda respiro imaginação?
Sabem que não morri?
Espedaçaram os dedos das mãos
E agora choram pela falta da escrita.
O tempo secou e caiu pobre e fraco
Os cabelos branquearam sobre a imaginação oca.
O riacho corta o corpo da montanha
Cabeças bóiam abaixo dos passos...
Tapete de pele humana.
Assassinaram as freiras no altar da obscenidade
Tiraram-lhe as roupas e transformaram-nas em mulheres urdidas.
As letras fugiram da prisão dos livros e foram atropeladas por falsas promessas
As páginas foram rasgadas e soltas na cisterna profunda.
O esquecimento, a burrice... dominaram a terra
A Bíblia poética foi queimada e os poetas ficaram cegos,
Respirando cinza, falando cinza, recitando cinza
Num bar dantesco.
O nascimento da manhã
Catedrais em chamas
Madeira morta
Pedras rolando do céu oprimido
Bíblia de versos laminados
Haaaaaaaa... He. Haaaahahaha!
Haaaahahaha!...Hehehe. Haaaaaaaaaaa!?...
Músicas inflamadas no ar do esquecimento.
Mentes desorientadas esperando por ajuda
Faces tentando atravessar vidros
Álcool tentando fugir de garrafas.
Abriram meu peito procurando minhas estrofes,
Arrancaram as páginas, mas estavam em branco,
A capa era um fino grito de revolta.
Gotas sofrendo queda livre
Correnteza de lágrimas
Preâmbulo da nova ordem
Políticos morrendo de sede
Governo defecando notas
Homens devorando homens
Mulheres roubando almas
Nação Prostituta
Liderança Prostituta
Drogas perdendo o efeito.
Por que querem tirar-me daqui?
Estou morto com a poesia e morto permanecerei.
Por que colocaram larvas na pele colorida de minhas flores?
Quando tudo estava morto
Quando só havia o “nada”.
Manifestou-se uma criança,
Tão poetizada que transformava em pensamento tudo que tocava
Tocou no céu e transformou-o em letras azuis,
Versos eram as árvores, a terra, a água, as serras, os pássaros.
Figuras de linguagem espalhadas pelo ar:
Metáforas fecundando a vida
Comparação discernindo a existência
Prosopopéia da personificação
Sinestesia da anestesia da dor
Catacrese das manias absurdas da dama voz
Metonímia usando a máscara para ser o outro.
Métrica do sopro que se tornou energia
Linha reta que caiu desmaiada e continuou bêbada.
Perante a nova criação,
Libertou-se...
O messias que pregou a poética
Que morreu na cruz da poética
E ressuscitou para a poesia do século XXI.
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