CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
S'isto que tenho dito, fosse verdade ao menos ...
S’isto que tenho dito, ao menos fosse verdade,
S’isto que tenho dito ao menos fosse verdade, pois “de-verdade” nem eu sou, de cortiça antes, de prego e ferro, fezes de cavalo são meras frases, ditas por mim “Icónicas”, mestiças como todas a partes abaixo da linha de cintura minha o são, chamo-lhe uma corrente de ar ou corda, cabresto, mas simplesmente sou eu o “não” o anão espalhando-se pelo chão, descrente de pensamentos e expressões; não me fluem com o o equilíbrio e inteligência que usava, como o galo do quintal do vizinho para me anunciar num simples poleiro empoleirado a verdade e toda a verdade sobre a existência dele próprio quando cantava de galo antes de morrer na panela.
Se fosse de verdade ao menos e o quintal noutro mundo, eu deixava acender o restolho e aí as ideias copulavam, mas fui varrido pelo desencanto, folha morta no furgão do lixo.
S’isso ao menos fosse verdade, pois se tudo quanto sei e dou me voltou em dobro, era cuspo e culpa por não ter dito, eu que pensava ter da vastidão exéquias, recebo feijões anémicos, cicuta e terr’inculta.
S’isto fosse um elo real ferro podre ou ralo de esgoto, eu desfilaria através dele até ao escroto de um deus minúsculo que fed,e porque ele o criou assim, como me fez criado sorridente, escravo de uma necessidade com grades que me segura prende, fede e arde…
Há o Homem que pensa que eu sou esse entre eles, não sou!
Não há meio de pensar que serei o Homem que o pensar soube ser, se Rei ou senhor do mundo, não servente mas hei…de ser sempre e pra sempre, delito em gente,prezo tudo quanto sinto e diferente desse outr’homem que’bem sei não ser, sou o genoma do futuro, o cabo do mundo, a verdade não existe, nem se comprova, não me comprovo eu.
A varanda é de grades. os antípodas e o horizonte tão curto, quanto eu para entender as luzes, serem eternos sinais com o instinto preso neste quintal suspenso, malditas frases espetadas nestas grades…
Houve um jardim quando não havia regatos e eu me ria nos espaços abertos, meu agora coração parado não ouve o tempo misturando-se e a vantagem da angustia é não ter fim, assim houve um jardim em mim e meu coração não ouve o fim do fim do mundo, ouve escutando o que pensa ser a capacidade de sofrer em fazer e o ser humano fecundo, o universo e tudo…a arte é o mundo e a nitidez crescente em mim…a verdade que suporto.
A capacidade de criar torna-me mais intenso, aceso mesmo quando não estou pensando em nada e mais em que tudo é íntimo, quando estudo um modo de dizer que me transcende e aí ouço o passar do tempo como num carrossel acelerado, chamo-lhe ar corrente e ao tempo o intervalo em que disse isto e por isso sei que existo em tudo, nesse momento acordei, acordo e sou tudo, perco-me da visão e a emoção é uma morada semelhante a álgebra numérica magma e espaço, filamentos e galáxias-heras.
Hei-de ser, ouço em mim esse poder de pensar fundo que trago e sigo há séculos e séculos …um mundo presente aquém e além da minha morte depois, a verdade é isso, intemporal e futuro
Joel Matos (05/2018)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 5216 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Igual a toda'gente... | 287 | 6.071 | 03/30/2019 - 11:10 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | À excelência ! | 160 | 8.204 | 03/30/2019 - 11:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Contraditório, só eu sou... | 181 | 5.709 | 03/30/2019 - 11:07 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cuido que não sei, | 172 | 24.162 | 03/30/2019 - 11:05 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | “Semper aeternum” | 211 | 16.431 | 03/30/2019 - 11:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sei porque vejo, | 222 | 6.657 | 03/30/2019 - 11:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O poço do Oráculo… | 30 | 1.766 | 12/02/2018 - 18:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Intervenção | (Os Míseros não Têm Mando) | 17 | 19.074 | 12/02/2018 - 18:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Canto ao dia, pra que à noite não… | 19 | 714 | 12/02/2018 - 18:13 | Português | |
Poesia/Geral | (Meu reino é um prado morto) | 24 | 7.543 | 12/02/2018 - 18:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Canção Cansei | 24 | 4.058 | 12/02/2018 - 18:02 | Português | |
Poesia/Geral | Tenho um conto pra contar | 16 | 3.220 | 12/02/2018 - 18:00 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | não sei quem sou | 21 | 5.455 | 12/02/2018 - 17:58 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prazer da busca… | 17 | 1.863 | 12/02/2018 - 17:56 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Com a mesa encostada aos lábios… | 12 | 2.446 | 12/02/2018 - 17:47 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Porque Poema és Tu | 22 | 2.744 | 12/02/2018 - 17:47 | Português | |
Poesia/Geral | Nêsperas do meu encanto… | 16 | 4.083 | 12/02/2018 - 17:45 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Natureza viva | 13 | 2.608 | 12/02/2018 - 17:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | aresta ou | 10 | 8.939 | 11/28/2018 - 16:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | teresa dia bom | 12 | 5.274 | 11/28/2018 - 16:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Gótico | ragon | 10 | 13.003 | 11/28/2018 - 16:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | par | 10 | 8.459 | 11/28/2018 - 16:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Joel | 10 | 6.503 | 11/28/2018 - 16:26 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Vanda | 11 | 24.924 | 11/28/2018 - 16:23 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | comentarios | 10 | 3.518 | 11/28/2018 - 16:20 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.