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Bordel de Sangue
Frio... A Lua cheia, rente ao Mar, beija-lhe a tona,
Bati na porta dum bordel, o céu retinto,
E embriagada no saguão desse recinto
Decrépita a aparição duma velha dona.
Era a Morte, um aparente ar de marafona;
Brindava champanhe rosé, ou então, vinho tinto,
Sangue puro com o gosto amargo de absinto
Pra posar com lasso perfil duma madona.
Entre a penumbra do luar nós dois sozinhos,
Os arredores do local sempre quietinhos,
Na calada da noite encontro a luz de vela;
Era o fim!... Mas igual a um ávido consorte
Naquela pose tão sensual beijei a Morte,
Indo ali mesmo perecer nos lábios dela.
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Comentários
Um beijo diferentemente do
Um beijo diferentemente do convencional
aquele em quem brindou com a morte
a tua sorte existencial ....
Texto forte mas muito bom de se ler !!!!
Um beijo
Susan
Bordel de Sangue
Era a Morte, aparente ar de marafona;
Brindava talvez champanhe, senão, vinho tinto,
Sangue com gosto amargo de absinto
Para posar com lasso perfil duma madona.
Gostei dos versos. Muito bem elaborados. Dão uma sensação gélida da presença da morte numa noite em que até a lua parece fria.
Beijo,
Bordel de Sangue
Lindo poema, mas me assustei com você, virgem, aruda e guiné, tres batidas de coco e uma de pé!
Meus parabéns,
MarneDulinski