CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Cego debruçado em via-estreita
Há palavras de vulgar despojo,
Pois porque o normal é dar, logo
Eu me dou, de mim próprio, tal
Como choro ou respiro e me redimo,
Mortal despojo, nome de guerra, nojo,
Guerreiro de latão, charlatão, só de incerteza
Tenho pose chaves e certidão; desejo é
Bom-porto, Porto-bom tem Zenão,
O silêncio é absurdo e o meu espírito
Paira longe ao longo, pois já não é só o pensar
Que me foge, eu que fujo de me pensar
Morto e mudo, cego debruçado em via-estreita,
Consciente da derrota, fama é lama e o facto
De ser dissemelhante a algum outro
Espécime de peixe-monge, faringe desfeita
E traqueia, difíceis de engolir, de pesar,
Há palavras de vulgar despojo, nojo
Porém me dá a fala sem emoção, "fio-prumo",
Por isso choro, quando respiro
De fora para dentro...e me dou,
Cego debruçado em via-estreita e oblonga,
Vivo metaforicamente falando pra fora
E me queixo não por intenção mas por despeito,
Cedo por entre a prega do beiço, essa sim,
Autêntica, sábia, cega e verdadeira.
Jorge Santos 01/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 6016 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Dedicado | Francisca | 0 | 7.043 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | tudo e nada | 0 | 6.208 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Priscilla | 0 | 6.759 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Asa calada | 0 | 9.758 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | flores d'cardeais | 0 | 5.720 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Magdalena | 0 | 6.104 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | peito Abeto | 0 | 5.365 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | rapaz da tesoura | 0 | 3.571 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Koras | 0 | 8.013 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | escrever pressas | 0 | 2.697 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | não tarde | 0 | 4.552 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | fecha-me a sete chaves | 0 | 3.856 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | inventar | 0 | 7.241 | 11/19/2010 - 18:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | professas | 0 | 5.331 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | amor sen'destino | 0 | 10.184 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | andorinhão | 0 | 7.430 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | sentir mais | 0 | 5.474 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | palabras | 0 | 9.029 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | A matilha | 0 | 6.056 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | ao fim e ao cabo | 0 | 3.842 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | o bosque encoberto | 0 | 5.840 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | nem teu rubor quero | 0 | 5.161 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | em nome d'Ele | 0 | 6.381 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Troia | 0 | 8.355 | 11/19/2010 - 18:13 | Português | |
Ministério da Poesia/Aforismo | desabafo | 0 | 8.545 | 11/19/2010 - 18:13 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.