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Criança
Um dia uma criança sentou-se ao meu lado
e sorriu-me…
Perguntou-me se o paraíso existe?
Mergulhei na lágrima
que do rosto lhe escorria…
Quanta negligência transparecia
este subtil rosto!
As mãos…as mãos pequenas
tão pequenas
já carregavam calos duros
amarelados…
Os ombros frágeis
eram uma força atroz,
imprópria nesta petiz idade…
E os sonhos?
Onde poderiam estar os sonhos
desta criança
a quem
alguém…os saqueou
sem dor na alma!
Ao seu redor
os brinquedos eram uma utopia
descolorida…
Pestanejei
no mais intimo sentir
engoli a raiva
que nas veias me escorria
por vislumbrar um mundo
onde ser criança
é ser escravo da negligencia
do adulto deplorável …
Respirei…respirei
e respondi!
Sim o paraíso existe
os “homens” é que o destruíram
com as mãos ávidas de ambição
assim como aniquilaram os jardins
onde agora se esfumam
nuvens cinza…
As flores morrem a cada dia,
para que as contas da industrialização
prosperem em somas da luxúria….
Sem alma!
Ela inclinou a cabeça
transpôs a íris
nas minhas pálpebras tremulas…
Continuei…
Ainda que tudo pareça
uma capa negra
dentro de ti, criança
está o paraíso
não o deixes morrer,
agarra-o nessas faces rosadas
nessa pele suave da tua infância…
Acredita…
Quando despes as sombras do olhar
um jardim de bálsamos infindos
brotam para lá de ti
no canteiro da esperança
que crer é a razão para vencer!
As mãos da criança moveram-se
tocaram as minhas
…e disse
aqui e agora eu sinto
um pedaço do paraíso!
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Poesia :
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Comentários
comentário
Ana Coelho:
Esse seu poema me fez lembrar de um poema
da Cora Coralina, as tranças de aninha,
que virou um belo filme,
Parabéns por esse seu.
Um poema encantador que nos
Um poema encantador que nos envolve e aprofunda,apontando uma esperança que é o amor...
Gostei muito!![smiley smiley](http://www.worldartfriends.com/sites/all/modules/ckeditor/ckeditor/plugins/smiley/images/regular_smile.gif)
Aninha
Belíssimo poema, forte, obriga a refletir.
Beijinhos
Nanda
Um poema forte, cheio de
Um poema forte, cheio de emoçao, de sentir...de revolta e de impotência também.
Um poema que nos lembra que nem todas as crianças vivem o sonho que é ser criança, nem todas têm uma escola, um colo, um abraço, um brinquedo...mas que existem e mais do que isso sobrevivem, coisa que muitos adultos não sabem fazer.
Belo, intenso e cheio de alma...