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DECLINAR DO DIA
DECLINAR DO DIA
Ando pesada de tanto passado
Mas não ouso fraquejar
Coragem trago ainda um punhado
Na torrente da vida, aprendi a nadar.
Olho o meu tempo redondo
Sou uma vaga sombra na parede
A luz enfraquece, vai-se a noite impondo,
Fica a saudade a matar minha sede.
E a bom rítmo me traz memórias
Surge agora o sino tocando à oração
Me vejo no altar das oratórias
Entregando a Deus meu coração.
Vai a vida deslizante
Vou eu fingindo prazer
Centelha que arde num instante
Sinto-a perdida a morrer.
Vivo nas teias da saudade
Deste lado sou bola de sabão,
Às margens da eternidade?!
Sou fiozinho traçado a lápis de carvão.
Assim, meu anseio não é de amanhã
Mas sim do ontem!
De ver os pássaros p'la manhã
Em liberdade a esvoaçar
Prefiro até que não me contem!?
Que viram o tempo, por mim a passar.
natalia nuno
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Comentários
Os dias declinam,
Os dias declinam, passam e quando nos apercebemos já estamos no final de outro que teima em ser da mesma forma ou ainda mais intenso.
Vivo nas teias da saudade
Deste lado sou bola de sabão,
Às margens da eternidade?!
Sou fiozinho traçado a lápis de carvão.
A desilusão é tanta e isso fica visível nos últimos versos:
Prefiro até que não me contem!?
Que viram o tempo, por mim a passar.
Não deveria ser assim, mas a verdade é que muitos de nós vivemos nas teias da saudade.
Beijo
Rainbowsky
Há que saber aceitar, na vida
Há que saber aceitar, na vida se perde e se ganha,
o problema é quando começamos a desistir, vendo a caminhada quase a terminar.
Beijo, obrigada pelo carinho.
Tomada pela melancolia
Um poema pleno em melancolia.
Um coração, que se agarrra ao passado, longínquo,
pois, que outro se constituiu numa muralha,
que cerca a alma e não a deixa vislumbrar
luz no horizonte, num belo texto.
:-)
A saudade que nos acompanha,
A saudade que nos acompanha, e o tempo que passa
virtiginosamente, deixam-nos um amargo no mais fundo de nós.
Grata pelo carinho
abraço