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Desço

Numa queda bem desenhada
Fico caído, numa queda mal ensaiada

E rodopio numa queda chamativa
Ergo os braços, numa queda intuitiva

Levanto de uma queda assanhada
Recanto esfolado, a pele arranhada

Ando após uma queda desajeitada
E sorrio um sorriso de cor amarelada

Ninguém viu ou se viu disfarçou
Alguém riu e minha porcelana se despedaçou

Machuquei-me com a dor da indiferença
Ferindo-me, o pavor de tua ausência

Ninguém viu que pra mim tu és ninguém
Alguém caiu e minha porcelana pelo chão ficou

O tempo passou e a chuva varreu
A sujeira de agora foi o mimo de outrora

O lago encheu.
Hoje sou parte do lago

Desço. Hoje sou amplo!
Minúsculos instantes daquele vaso florido

Desço. Antes juntado!
A água ajuda a esconder meus cacos

Hoje sou eu o dejeto de meus sorrisos sem cor.

Espero que vejas a mim!
Na seca do teu verão acompanhado de perfume

Espero que apontes!
Lá estou eu a rejuntar o que sou

O vento, a areia e o que de mim o fundo esconde
São empecilhos mínimos quando caio e tu te escondes

Mesmo assim, caí e caíria até o vaso tornar-se pó
Inúmeros de mim não escondem que sou só

Desço porque valorizo a oportunidade de crer na subida!

Submited by

quinta-feira, fevereiro 11, 2010 - 01:22

Poesia :

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robsondesouza

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Comentários

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Desço

Todos nós somos sós dentro de nós mesmos.

Gostei muito.

Um abraço,
Roberto

imagem de MarneDulinski

Re: Desço

LINDO POEMA,GOSTEI!
Todo cair é um futuro levantar!
Meus parabéns,
Marne

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