CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Na minha terra não há terra,
Na tesão pálida do mármore ou do granito róseo teremos
O que podemos chamar de mística em pedra gasta pois não
Tem luz interna uma estátua, apenas sombras sem janelas
E a ideia de serem realidade e tributo raro entre belo e lívido.
Na minha terra não há terra, sou dum rebolado chão em barro, vivo
Num não sonhado palácio em forma de oito, habito alcovas planas,
Esposa e cama, esqueci fama, ess’outra criatura investida
Rainha que trocou minha boca por outra breve forma cana,
(sensação é aviso), porém ao fim e por palavras minhas
Ouve-se a serra a serrar um Teixo, amargurado tombo
Sem vida, ridículo, num canteiro sem músculo, areia dormente
É musgo, como se fosse presa que se prostra prá goiva torta,
Morta cega. Incestuoso sentir do vime ao vento, magia,
Instinto d’vidro, corpo e asas d’xamã, septo largura do ânus
De um Druída, odor de terra bolida, ranho é baba, amígdalas
Na nuca, (nunca compreendi o porquê da culpa) córneas
De sapo, na minha terra a vida é de um por cento incólume,
Noventa e nove, placebo dourado à vista de fulano e demente,
Neblina, na minha terra não há vida, nem pode haver Rei consorte,
Ironia é o destino não ter forma humana e a Terra não ter manto,
Gente sem mando, em barro cão com a ideia de ser de verdade
A Terra e deles, eu então … eu donde sou nem sei se o sonho é meu,
Nem sou tampouco donde venho, (clandestino da alma humana)
Haverá alguém como eu que infinitamente se despe da impressão
De cá estar e se crê existir sem vida nem tempo, sem terra e sem ar.
Jorge Santos (Junho 2020)
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4044 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Notas de um velho nojento | 29 | 4.738 | 04/01/2025 - 10:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ricardo Reis | 37 | 2.659 | 04/01/2025 - 10:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Insha’Allah | 44 | 2.940 | 04/01/2025 - 10:03 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | São como nossas as lágrimas | 10 | 2.214 | 04/01/2025 - 10:02 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Recordo a papel de seda | 19 | 444 | 04/01/2025 - 10:00 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Duvido do que sei, | 10 | 718 | 04/01/2025 - 09:58 | Português | |
Poesia/Geral | Entreguei-me a quem eu era | 10 | 740 | 04/01/2025 - 09:56 | Português | |
Poesia/Geral | Cedo serei eu | 10 | 817 | 04/01/2025 - 09:55 | Português | |
Poesia/Geral | Não existo senão por’gora … | 10 | 1.218 | 04/01/2025 - 09:54 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cada passo que dou | 15 | 2.925 | 03/28/2025 - 22:11 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Quem sou … | 16 | 3.887 | 03/28/2025 - 22:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A essência do uso é o abuso, | 14 | 5.100 | 03/28/2025 - 22:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Percas, Carpas … | 12 | 733 | 02/12/2025 - 10:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Tomara poder tocar-lhes, | 12 | 1.006 | 02/11/2025 - 18:58 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pois que vida não tem alma | 20 | 523 | 02/11/2025 - 18:37 | Português | |
Poesia/Geral | Pra lá do crepúsculo | 30 | 4.579 | 03/06/2024 - 12:12 | Português | |
Poesia/Geral | Por onde passo não há s’trada. | 30 | 5.550 | 02/18/2024 - 21:21 | Português | |
Poesia/Geral | Sonhei-me sonhando, | 17 | 6.069 | 02/12/2024 - 17:06 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A alegria que eu tinha | 23 | 6.806 | 12/11/2023 - 21:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Creio apenas no que sinto) | 17 | 3.146 | 12/02/2023 - 11:12 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Vamos falar de mapas | 15 | 9.130 | 11/30/2023 - 12:20 | Português | |
Poesia/Geral | Entrego-me a quem eu era, | 28 | 4.013 | 11/28/2023 - 11:47 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O Homem é um animal “púbico” | 11 | 6.461 | 11/26/2023 - 19:59 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | No meu espírito chove sempre, | 12 | 2.924 | 11/24/2023 - 13:42 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os destinos mil de mim mesmo. | 21 | 7.878 | 11/24/2023 - 13:42 | Português |
Comentários
obrigado pela leitura e pela partilha
obrigado pela leitura e pela partilha