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O FIM QUE ACONTECE E NUNCA HOUVE


Eternidade.
nesga de tempo incorrido
onde o poeta inventa ires sem volta.

Momentos
à solta pelas palavras
como casa de sentires fingidos.

Sentidos à força pelos sentidos
que se despistam nas entrelinhas.

Carris de musas rumo a céus
que mais ninguém voa senão o poeta.

Que ninguém ousa rasgar
como quando o poeta renasce
da morte que se oferece como lição ao vazio.

Que do nada ganha formas de tudo, até de nada.

Como se a voz fosse um foguetão
que em lume arde para lá de Plutão.

Mas Plutão é já ali
quando o poeta salta pensamento dentro.

Como se o infinito fosse
os lençóis de uma cama feita de rosas.

Cujo espinho é a ponta da pena
a fazer amor com o branco do papel.

Como se o relógio
fosse um deserto onde os ponteiros
são serpentes quando o poeta se sente só.

Onde as horas
são grãos de areia já todos escritos um a um.

Todos eles lidos em migalha de dor.

Onde o tiquetaque
é um grito que apenas o silêncio ouve.

O fim que acontece e nunca houve.
 

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segunda-feira, julho 4, 2011 - 00:32

Poesia :

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Henrique

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