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O Sentimento do Ser Pt II. Cabem mais Pessoas em Vénus do que em Marte.

- “O meu Deus reconhece o Deus que é em ti”
A mensagem detém a genuína relevância,
Raramente seu mensageiro.

E abre-se a torneira do subconsciente
O manancial do estro primoroso,
Sua lépida transição, momento patente
Transversal ao instante, único,
Do intervalo coincidente ao tangível
E o nublado enfim clareia em sua reconciliação,
Renunciando o óbvio, o sem fim na paisagem,
Escoado pelos nós dos dedos, tudo alcançando,
Pendente, beleza condensada, passeata oblonga
Um baloiço à superfície da intempérie, (ousa sonhar!)
Recreio à berma da estrada, arvores bailando lestas,
Seus troncos, calçadas ladrilhadas para a suave brisa,
Nunca havia presenciado um brilho estelar maior,
Olhando para cima, milhares e milhares de céus,
Apenas uma estrela ousando vislumbrar,

Um eufemismo do eterno,
Uma imitação/reflexo do infinito
(sob forma humana de asas incorpóreas),
Uma ode ao incomensurável, ao incontável,
Em Tempo aparentemente,
Infinitésimo,
A crueldade do vestígio restante,
Aquilo que só é cruel para o inalcançável,
Do instante em momento sempre agora viajante,
As revelações perdidas fronte ao efémero, expandidas,
Em sonho sustido, a coragem de o viver em tons acinzados,
O romance platónico daqueles dos olhos de fulgência estrelada,
Alcançam a plenitude comum, o raiar solar estampado na abóbada
Celeste, o intervalo entre o infinitésimo e o sequente infinito projectado
Entre palmas das mãos entretecido, a procura da espera, do ceder ao ser,
Ao remeter o intercâmbio do acontecer do instante cativo, abdicando ao antes,
A colecção de pontos interligados, o recobramento do geral através do particular,
És sinédoque do envolvente partilhado, difusão do uno na especificidade da identidade,
A verdade alheia, por norma entoando insanidade, na extremidade do singelo,
Toques em círculos concêntricos, a suavidade ornada a cetim, sabe a inicio e a fim,
O singular ponto comum a tudo e todos, não é um pertence, é a imperceptível pertença,
Portador do Universal, a perda é nula, a Vida insuflada no peito desconhece sua extinção.
À ilusão oficial, nomeada como concreto, a complementaridade entre o especial e o comum,
Reverte o comum em especial por ceder espaço de ser à invulgaridade autêntica do especial,
Aos inebriados hedonistas, nos excessos do sobre sensismo intenta o atrofiamento do espírito.
Apreciem este ultimato, a ausência de interrogação apenas acrescenta à intensidade de sua afirmação.

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terça-feira, setembro 13, 2011 - 15:54

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