CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

O Pelos oblíquos caminhos do belo

Pelos oblíquos caminhos do belo,
(Tudo o que é belo é-o simplesmente)
O espírito é cativado, raramente nos olhos,
Passageiros no espaço envolvido no avanço do tempo,
Subliminar e subtil a diferença entre este princípio e o posterior,
A sucessão geométrica cuja razão é composta principalmente de detalhes,
Fundamentados na sua base, progredindo no sempre e para o infinito.

Um bilião em infinitudes de vezes,
Separadas por uma ténue cortina de ar,
Onde as órbitas não alcançam a ideia aporta,
- Em representação formada algures no espírito,
Como tal é incognoscível na sua concepção,
- Reunindo toda a perfeição (ini)imaginável,
Assim o é o belo e igualmente o insondado paralelo.

Na singularidade argumentada, discutimos apenas semântica,
O padrão consensual do relativo é uma fórmula matemática,
Sobre a melodia divina oriunda das esferas supra-celestes,
Formas arquitectónicas reproduzidas sobre a medida áurea,
Nos detalhes manuscritos das conchas, nos fractais da neve,

O Infinito é uma espiral escalar, irregular e fragmentada,
Perfeito no seu todo, dando-se premeditadamente ao acaso,
Em harmonia simétrica, um circulo criado em ode ao Belo,
- Sendo a Beleza uma recriação de excepcional harmonia
Suscitando desejo, atraindo para seus imensuráveis meandros,
Apesar de sua relatividade e transcendência estritamente divina,
Na simetria inalcançável, assentada algures na biblioteca astral,
Situa-se o ideal puro, o inconsciente sincero, a espontaneidade infantil,
E após a vivência, a experiência e o conhecimento, vem a sabedoria,
Um ensaio à leveza, ao que simplesmente o é (:simples): cognição sobre o conhecimento.

A beleza, é, pois, uma projecção oblíqua proveniente do infinito,
Captada sim pelos que a têm tanto pelos que a conseguem avistar,
A divindade transcendente é emanada pelos que a crêem ver,
Refulgem então no escuro por terem numa noite avistado Luz,
É inteiro: o ser aberto ao que vagueia para lá do horizonte,
E a perfeição, mera consequência da conclusão do círculo,
Até as metades assimétricas se complementam, tornando-se inteiras,
Desde que entre si encontrem consenso sob a forma de harmonia,
A parte integral pertence apenas ao todo, a relativa é de quem ousa ousar,
Alcançar o vislumbre de algo não concebido para o eventual olhar humano,
Entre margens e estados, o viajante caminha face ao brilho depositado,
Nos seus olhos, a plenitude é preenchida em detalhes infinitamente ínfimos,
É caminho, beijando a madrugada, osculando o dilúculo, entre este intervalo:
A beleza desse olhar incide no ângulo no qual o simples é puramente belo.

Não desbarates o que os Deuses sussurram ao teu ouvido – um dia este escutou,
E mais que o haver escutado, soube escutar com a aceitação da partilha.
 

Submited by

terça-feira, setembro 13, 2011 - 14:56

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Papel

imagem de Papel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 11 anos 17 semanas
Membro desde: 01/25/2010
Conteúdos:
Pontos: 294

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Papel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Intervenção Retrato do Português do Séc. XXI: Essa Rameira Paciente 0 877 03/07/2012 - 22:35 Português
Poesia/Soneto A Ema III: A Colhedora de Brilho Estelar 0 878 12/12/2011 - 19:33 Português
Poesia/Soneto *Suspiro*: Até já 0 676 12/12/2011 - 19:28 Português
Poesia/Soneto A Nós Venha a Una Voz: O Resto de Poeiras Estelares 2 1.104 09/14/2011 - 15:23 Português
Poesia/Pensamentos O Pelos oblíquos caminhos do belo 0 1.030 09/13/2011 - 14:56 Português
Poesia/Pensamentos Obnubilado pelo Poente Solar 0 894 09/13/2011 - 14:55 Português
Poesia/Pensamentos O Sentimento do Ser Pt. I 0 777 09/13/2011 - 14:55 Português
Poesia/Pensamentos O Sentimento do Ser Pt II. Cabem mais Pessoas em Vénus do que em Marte. 0 885 09/13/2011 - 14:54 Português
Poesia/Pensamentos Após o oiro d’Outono 0 810 09/13/2011 - 14:39 Português
Poesia/Soneto Somos a Luz do Inefável 0 859 09/13/2011 - 14:38 Português
Poesia/Soneto Aos meus Amigos: (Ao Sol, ao Mar e à Chuva) 0 826 09/13/2011 - 14:38 Português
Poesia/Soneto À Reciprocidade do Parceiro: O Divino 0 816 09/13/2011 - 14:37 Português
Poesia/Soneto Era Estrelado e Ímpar Esse Ímpar Olhar: No Amanhã 0 715 09/13/2011 - 14:37 Português
Poesia/Soneto Para Quem Quiser Aqui Escutar: Um Ósculo 0 795 09/13/2011 - 14:37 Português
Poesia/Soneto Palavras Bonitas para Fazer Alguém Especial Sorrir 0 1.094 09/13/2011 - 14:36 Português
Poesia/Soneto As Flores são Sorrisos Plantados pelo Divino 0 728 09/13/2011 - 14:36 Português
Poesia/Soneto Estes Lábios: Em Súmula 0 1.121 09/13/2011 - 14:35 Português
Poesia/Soneto Ao Um e ao Todo: O Agora é Aqui, Agora. 0 828 09/13/2011 - 14:35 Português
Poesia/Soneto A Maresia é a Poesia do Mar: E Eu Gosto da Mar 0 1.038 09/13/2011 - 14:35 Português
Poesia/Soneto A do Ósculo Escutado: Daquela Maviosa Melodia 0 835 09/13/2011 - 14:25 Português
Poesia/Soneto À Pergunta dos Transeuntes: Sim Há 0 987 09/13/2011 - 14:25 Português
Poesia/Soneto Do Sussurro Entoado Pelo Mar: As Ondas Levarão Estas Palavras 0 834 09/13/2011 - 14:24 Português
Poesia/Soneto O Sorriso Mais Bonito do Mundo: É Apenas Um 0 706 09/13/2011 - 14:24 Português
Poesia/Soneto Um Soneto de Sol e Lua: Por Um Ósculo (de Imensidão) 0 893 09/13/2011 - 14:24 Português
Poesia/Soneto O Melhor Sítio Para a Poesia: A Simplicidade (A Minha e a Tua) 0 892 09/13/2011 - 14:22 Português