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O Sentimento do Ser Pt. I

Preferia Sentir o Verdadeiro por um mineral
Do que pelo óbvia e inerentemente comum.
Os caminhos batidos, são para seus congéneres.
O acréscimo do Belo, percorre outros percursos,
(sem atalhos ou desvios para seu inevitável destino)
No limite do desespero e da insanidade,
(A breve idade de cada e todo sorriso)
Encontra-se o ruído e nele, a única melodia,
(o primeiro segundo do primeiro e único amanhecer)
O único sentido, a bondade e sua usual forma:
A Beleza – o fractal exposto (sempre no zénite).

Parte integrante do plano de deus
O: simplesmente ser.

Como numa formosa escultura,
Mostra-se na remoção de excessos
Até no excesso de escassez
- (até na escassez do excesso)
A disfarçar o comummente óbvio
Uma proposta à aprendizagem
- (sem orçamento adjudicado)


Quando a Verdade era garantia de Beleza,
A consonância própria alumiada no perene,
O fluxo da corrente do cosmos sob consciência
Autónoma, faceta do grande espírito colectivo,
Intento não premeditado, o éter está sempre perto
A sucessão do casual, a proporção extraordinária
Do infimamente pequeno, a subtil energia que embala
O baloiço onde assentado, o corpo é veiculo para o além
A luz é energia, seu toque nossa trasladação de e em luz,
Sua expansão acontece quando o copo é transbordado,
A ligação directa ao Cosmos, interligação com a alma mater
Não é de todo factual, é na sucessão dos mesmos que há moção,
O credo é homólogo do lindíssimo, nos “entre-tantos” encontrados,
Tudo o que somos, é e são apenas instrumentos para aquilo contido
A multiplicidade na identidade, o Um vertido para o todo perfaz-se inteiro,
Manifesta-se na diversidade, o ser uno com todos os restantes seres,
A magia universal materializada sob um corpo, sobre uma energia
Energia essa, concernente a um, um esse pertencente a todos – é inteiro.
O sentir dessa unidade como o Todo enquanto este se exprime pela Parte.
A universalidade da Alma comum, vulgo aura inconsciente, toques sutis
A energia transcendente, que nos atravessa, que nos forma, que nos beija.
Reconheço a identidade una de toda e cada alma, seu revestimento pelo Todo,
Nesse Todo, temos direito a diversidade, a ligeiras particularidades, a diferenças,
Claro, a diversidade é regra, o igual é anti-materialização Universal, é anti-natura,
É o esplendor do Universo enfim concretizado, sua consequente e enérgica expansão,
O milagre do processo é o seu desconhecimento, pois ao ignorante, tudo parece magia.
Ao não ignorante observador, que constata magia, e ainda assim a nomeia dessa forma,
Esse sim, é mágico, é credo, é lindíssimo, é um e todo incorporado num ser – é inteiro.

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terça-feira, setembro 13, 2011 - 14:55

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Papel

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