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OLHAR AFLUENTE AO ÓBITO DA DISTÂNCIA …
Janelas mortas pelo chão de vistas
carregadas de nada.
Sombras doadas ao grito.
Porcelana nocturna,
escacada pela escada do fim dos tempos.
Entulhos de basta.
Barulhos esfarrapados por besta ansiedade
a encher os decibéis do silêncio.
Bofetadas semeadas no escuro da noite,
imagem acesa em açoite de saudade.
Atalhos como pinturas sôfregas
a demasiar o cieiro nos lábios do caminho.
Cores sem leme,
lamas enfunadas ao desnorte.
Olhar afluente ao óbito da distância.
Mãos que conversam multidões incendiárias.
Braços que se afastam em solidão.
Corpos cujo sangue boia no eclipse das lágrimas
esventradas das luas da alma.
Ódios sorridentes,
cantigas como urtigas habitantes
pelo fundo de gentes num rio de intrigas.
Arco-íris oculto
na cabeça de um fósforo ensopado
por néctares de vergonha e fado inculto.
Mar abandonado na roupa do nevoeiro
que veste o adeus com ilusões que voam baixinho.
Vozes que andam de pernas pró ar
debaixo da língua das coisas.
Quilómetro de pessoas
entubadas ao esgoto do verbo
que teima retornar ao pó que queima a humanidade.
O amor como caixão de chuva ácida.
A paixão como palco de tragédias
que ameaçam ruir o fogo.
As horas mumificadas
em gargalhadas subterrâneas
onde a extinção se despista na bainha do infinito.
.
.
.
.
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