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Rubra Janela da tarde
Qual liberdade escala vermelhos caminhos
Discutidos pela triste solitária noitinha?
Um som arqueado faz a despedida,
Somente um apagar e nada mais,
Mas nada pode com novidade calhar
Queria um céu soletrar vagarosamente seu nome
Feito nuvens ditas pela voz do claro azul invadido pelo rubro toque poente.
Queria algum deus olhar profundo nos teus olhos
Bem no instante onde o verde da montanha vaza... e monta.
Quereria somente dizer:
Quem tu és?
De onde vieste?
Agora que minha tarde é sua,
Escolha como ela se esvairá nos sonhos teus
Morre-se na diligência e tece teia acolá
Tenho de dizer-te minha linda cara,
Vou-me,
Mas seja novamente a luz
Que teus encantos acendem
Na alvorada melancólica de meus foscos dias.
Quereria somente compreender:
Quem tu és?
De onde vieste?
Tu és apenas do silêncio e de mais ninguém.
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Poesia :
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Comentários
Re: Rubra Janela da tarde
O chegar da noite, com seus ambivalentes reflexos formados pelo meio termo entre luz e treva, é um grande espelho a nos refletir. Em momentos assim, questionamos ante nossa imagem especular:
"Quem tu és?
De onde vieste?
Tu és apenas do silêncio e de mais ninguém."
Bela expressão poética. Gostei muito.
Grande abraço,
Roberto
Re: Rubra Janela da tarde
Poema ao rubro, emoções apenas do silêncio e de mais ninguém...
Bom poema caro Alcantra!!!
:-)