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Condado vermelho
Deste-me a chuva na data do ontem
Com solos brotos lentos vermelhos.
Puxei vosso nome para me sentar,
Lithium amoroso dos remorsos aflitos.
Navegaste meu serão e minha ceia de madalena,
Toquei-me em ossos e nadamos no céu eterno nublado.
Tua orelha... Fria,
E a voz de manto a aquecê-la... Quem sabe eu.
Do resto um adeus é sono tranqüilo
Com mãos exatas e perfeitas.
Invadiram nossa mesa nem um pouco farta
A não ser de sonhos e palavras.
A lembrar-me da última vez que eras nua
Com o corpo a vestir toda a serra.
Saltaste de tua barca segura
Nadaste como quem voa em meus tristes e errôneos
Olhos apagados.
A noite chora nestas batalhas...
Tuas meias de porcelana pendem da quieta cama
Somente tu conheces muito bem o sabor do cheiro
De todas as flores que plantei
Em tua pele
Esferas brilham velozes nas trevas que te dei
&
O capim fajuto e seco tornou colchão naquele passageiro equinócio ferido.
Procissões e velas nas praças abraçam lábios num beijo desconhecido.
Vem para mim grito do mundo!
Sacrificarei nossos cânticos de jasmim,
Seremos alimento dos sentimentos que mastigam
Com astúcia e lascividez.
Nas palmas longe das mãos faíscam nos bicos dos seios
Doutra mulher de si.
Deste-me aquele sol naquele dia que não veio,
A amarela flor posta ao centro de meus olhos anuviados.
Não precisamos suplicar jamais os amores que já foram inventados.
Esta é a carta que não é a carta para ti,
Um silêncio de palavras.
Abra-me o peito tabernáculo,
Escute a sombra do vento que se curva
Para divindades de nossas abertas frescas carnes.
Cotovelos pontiagudos no encalço de ombros tortos.
Tu és fascínio triste com gelo belo no rosto
Catavento da antiguidade visão do amanhã
Macia como morangos...
Se perceberes o amanhecer das pessoas fora de prumo
Esquivarias dos ois e olás
Do jeito que te ensinei.
Fechamos as pálpebras,
Não morremos
Só pulsamos o coração do cansaço
Se existimos! Digo que não.
Porque não é a hora de nosso incalculável tempo.
Se existimos! Torno a dizer que não.
Já que como o que somos juntos
Não comenta nem conta
O que temos e o que somos separados.
Só perante tu pela vida de dor contorcida
No afresco profundo do pomar proibido.
Receio o que és para mim
Tanto assim fêmea infeliz
Que sente vontade do universo em meus não momentâneos lábios de dar.
Se durmo sou o que não veio num sorriso educado
Nem a luz do nascimento do bebê da dúvida.
O afora são percebíveis planetas que não existem.
Morrerei para mim mesmo
Estrelas vitórias da lembrança foto preta e branca
Do passado que sou
Se não me tocas aqui.
Estás lá no cimento seguro de quem te plantou
E que fez-te de deus ou demônio
Em sangue de uva sêmen em vagina
Pai e mãe tambores medrosos
Conhecidos da paternidade perdida
Num simples gesto sem fôlego
Na cascata que com volúpia no
Respirar de sua conturbada falta de ar
Bebeste severamente o finalmente lindo tecido
Transparente ardente filtro limítrofe
Córrego nascente com maior milagre
Da incerteza misturada mesclada dos
Alvéolos poços infernos maravilhosos
Sua sepultura.
Estás morta, morreste!
No instante tornaste minha veia quente de vida.
O que farás agora se para os tontos que respiram
O não são tu foisse?
Para ser o que me amedronta tuas asas de pintura
Larva do tudo para mim.
Ausentou-se da lama gritante de tudo que está aqui
Estou aqui!
Mas tu?
Toco-te com medo e coragem
Oh! Invisível dom de mim...
Meu infinito
Meu fim
Pam, pano laranja cabelos negros em fim.
Esqueça o espectro! Perdida garota dum canto.
Vezes mais lhe peço!
Minha pedra branca cor de sem fim.
És a maior mascarada do nada
Coração parado entupido de mim.
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