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São tantas as vezes
Tantas são as vezes
que lutamos em vão por causas perdidas
vociferamos palavras expressivas
em surdos ouvidos distraídos…fingidos.
Tantas são as vezes
fechamos a mala na sensação vazia da derrota,
em que o sorriso se apaga
na chama escorrida do rosto em lágrimas.
Tantas são as vezes
que rasgamos emoções
em pedaços de papel encharcado
no vermelho que pulsa nas veias esculpidas,
queremos ser fortes
mas exaustos caímos na tempestiva vontade
da desilusão.
Tantas são as vezes
que calamos gritos, no peito mudo
na garganta seca em vórtice,
perjúrio hipócrita sem livre arbítrio
…Ah! Mas são
estas as vezes que do ermo
se erguem as forças ocultas,
guardadas nas mais recônditas entranhas,
renascer sublime
em horizontes alargados
de cada novo olhar.
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Poesia :
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Comentários
Re: São tantas as vezes
Ana, são mesmo muitas as vezes que nos perdemos até de nós mesmos
Mas são também muitas as que nos encontramos
Muito bem este poema
beijos
Dolores Marques
Re: São tantas as vezes
Muito bom...