CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Um instante infinito
Acredito na existência como sendo uma espécie de desfiar de um fio eterno,
sem início e sem fim, no qual se intercalam ciclos de diferentes formas de viver.
Esse fio evolutivo nem sempre é constante e sequer linear,
pois, acredito que, dependendo de nossos atos, "avançamos" ou "regredimos" neste fio,
tornando-o, por vezes, tortuoso, inconclusivo e inexato.
Nesta linha da existência somos fiapos que, unidos, damos sentido e consistência à ela;
cada fiapo é único, pessoal e intransferível e, ao mesmo tempo, se entrelaça e converge
de forma indissolúvel a todos os outros fiapos existentes
nas formas quânticas da teia do Universo;
e o tempo, no qual esta linha se desenrola, é algo muito relativo.
Somos apenas fiapos nessa linha de existência...
As pessoas felizes lembram do passado com gratidão,
alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.
Mas, na prática, no tempo não podem existir nem passado, nem futuro.
Nele, existe apenas o presente infinitamente instantâneo;
o seu presente; o nosso presente.
Um instante infinito...
O tempo é algo igualmente real e virtual.
Na prática, o tempo é algo apenas imaginário, uma invenção sociocultural,
e é contado por nós para que tenhamos uma falsa e ilusória sensação
de que podemos controlá-lo: o futuro é algo que ainda não existe,
é apenas uma extensão paródica ou metafórica do presente;
o presente é algo que não tem extensão física;
o passado é algo que já não existe mais e não pode ser alterado.
O presente, o atual momento, o agora pode ser encolhido,
retalhado e espremido a uma partícula mínima,
infinitesimal de tempo e ainda assim será a coisa mais preciosa que podemos ter.
Acredito que o Universo, o espaço, a realidade
existem apoiados sobre um instante infinito que simplesmente "existe",
sem ter surgido num determinado momento, nem ter hora para acabar.
O tempo é algo tão selvagem, natural e poderoso que a tudo, a tudo consome!
O tempo existe e corre (ou não) independentemente de qualquer outra coisa.
Não nasceu, tampouco morrerá.
É o palco abstrato no qual tudo nasce, cresce e morre... ou se transforma.
Podemos alterar apenas o nosso espaço, nosso habitat, nossa física e nossa trajetória
neste palco da História; mas nunca, jamais, podemos, nem poderemos alterar o tempo
através do qual essa nossa história se desenrola.
Somos todos visitantes neste tempo e neste espaço.
E me sinto com sorte ao dividí-los com você.
Alguns de nossos objetivos são observar, aprender, crescer, amar...
e depois nos dissolvemos e voltamos para casa...
E, se você pudesse reviver a sua vida infinitas vezes até este exato ponto,
exatamente da forma como a viveu até agora, repetindo cada momento infinitas vezes?
Isso seria o maior dos presentes ou a maior maldição para você?
Como você vem vivendo o seu "instante infinito" até agora?
sem início e sem fim, no qual se intercalam ciclos de diferentes formas de viver.
Esse fio evolutivo nem sempre é constante e sequer linear,
pois, acredito que, dependendo de nossos atos, "avançamos" ou "regredimos" neste fio,
tornando-o, por vezes, tortuoso, inconclusivo e inexato.
Nesta linha da existência somos fiapos que, unidos, damos sentido e consistência à ela;
cada fiapo é único, pessoal e intransferível e, ao mesmo tempo, se entrelaça e converge
de forma indissolúvel a todos os outros fiapos existentes
nas formas quânticas da teia do Universo;
e o tempo, no qual esta linha se desenrola, é algo muito relativo.
Somos apenas fiapos nessa linha de existência...
As pessoas felizes lembram do passado com gratidão,
alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.
Mas, na prática, no tempo não podem existir nem passado, nem futuro.
Nele, existe apenas o presente infinitamente instantâneo;
o seu presente; o nosso presente.
Um instante infinito...
O tempo é algo igualmente real e virtual.
Na prática, o tempo é algo apenas imaginário, uma invenção sociocultural,
e é contado por nós para que tenhamos uma falsa e ilusória sensação
de que podemos controlá-lo: o futuro é algo que ainda não existe,
é apenas uma extensão paródica ou metafórica do presente;
o presente é algo que não tem extensão física;
o passado é algo que já não existe mais e não pode ser alterado.
O presente, o atual momento, o agora pode ser encolhido,
retalhado e espremido a uma partícula mínima,
infinitesimal de tempo e ainda assim será a coisa mais preciosa que podemos ter.
Acredito que o Universo, o espaço, a realidade
existem apoiados sobre um instante infinito que simplesmente "existe",
sem ter surgido num determinado momento, nem ter hora para acabar.
O tempo é algo tão selvagem, natural e poderoso que a tudo, a tudo consome!
O tempo existe e corre (ou não) independentemente de qualquer outra coisa.
Não nasceu, tampouco morrerá.
É o palco abstrato no qual tudo nasce, cresce e morre... ou se transforma.
Podemos alterar apenas o nosso espaço, nosso habitat, nossa física e nossa trajetória
neste palco da História; mas nunca, jamais, podemos, nem poderemos alterar o tempo
através do qual essa nossa história se desenrola.
Somos todos visitantes neste tempo e neste espaço.
E me sinto com sorte ao dividí-los com você.
Alguns de nossos objetivos são observar, aprender, crescer, amar...
e depois nos dissolvemos e voltamos para casa...
E, se você pudesse reviver a sua vida infinitas vezes até este exato ponto,
exatamente da forma como a viveu até agora, repetindo cada momento infinitas vezes?
Isso seria o maior dos presentes ou a maior maldição para você?
Como você vem vivendo o seu "instante infinito" até agora?
Submited by
sexta-feira, novembro 17, 2017 - 14:58
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1903 leituras
Add comment
Se logue para poder enviar comentários
other contents of MaynardoAlves
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fotos/ - | 3630 | 0 | 1.565 | 11/24/2010 - 00:54 | Português | |
Fotos/ - | 3724 | 0 | 1.326 | 11/24/2010 - 00:33 | Português | |
Fotos/ - | 3725 | 0 | 1.445 | 11/24/2010 - 00:35 | Português | |
Fotos/ - | 3726 | 0 | 1.403 | 11/24/2010 - 00:37 | Português | |
Fotos/ - | 3727 | 2 | 1.340 | 06/27/2016 - 15:20 | Português | |
Fotos/ - | 3728 | 0 | 1.142 | 11/24/2010 - 00:37 | Português | |
Fotos/ - | 3729 | 0 | 1.269 | 11/24/2010 - 00:38 | Português | |
Fotos/ - | 3730 | 0 | 1.192 | 11/24/2010 - 00:38 | Português | |
Poesia/Amor | A barata | 1 | 496 | 09/29/2016 - 14:37 | Português | |
Poesia/Meditação | A busca | 1 | 660 | 09/29/2016 - 16:41 | Português | |
Poesia/Aforismo | A mais importante das leis | 0 | 1.762 | 10/14/2016 - 20:45 | Português | |
Poesia/Fantasia | A Maria | 1 | 802 | 09/29/2016 - 15:04 | Português | |
Poesia/Amor | A mulher que eu amo | 1 | 695 | 09/29/2016 - 15:06 | Português | |
Poesia/Geral | A sala de reunião | 1 | 550 | 09/29/2016 - 16:38 | Português | |
Poesia/Desilusão | Ainda no exílio (desde os dias de Gonçalves Dias) | 1 | 2.240 | 11/08/2017 - 12:38 | Português | |
Poesia/Aldravias | Aldravia n° 1 | 0 | 1.244 | 08/03/2016 - 18:38 | Português | |
Poesia/Aldravias | Aldravia nº 2 | 0 | 1.016 | 08/22/2016 - 20:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | Amor e bondade | 0 | 1.389 | 08/23/2016 - 12:52 | Português | |
Poesia/Intervenção | Ao romper da nova aurora ou Ao cair as verdades arbitrárias | 1 | 1.210 | 09/29/2016 - 16:24 | Português | |
Poesia/Intervenção | Aos vivos que ficam ou Epitáfio II | 1 | 1.812 | 10/09/2018 - 13:41 | Português | |
Poesia/Meditação | Ápeiron | 1 | 1.794 | 09/29/2016 - 16:44 | Português | |
Prosas/Pensamentos | Apresentação: reflexões sobre meu poema épico A PASSAGEM (ainda em construção para ser publicado) | 0 | 792 | 11/08/2013 - 12:59 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Arte | 3 | 679 | 09/29/2016 - 15:23 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Árvore | 1 | 702 | 09/29/2016 - 15:52 | Português | |
Poesia/Aforismo | Beda ou Fracasso | 1 | 1.420 | 09/29/2016 - 17:21 | Português |
Comentários
Um instante infinito
Trata-se de reflexão sobre a efemeridade de nossa existência e a importância do ínfimo tempo que temos disponível para usufruir dela.