CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A vida é uma arte cruel
Quando penso, à mesa do café,
Bebericando do copo de cerveja,
Limpando o suor da testa,
Com um guardanapo áspero
Que li,
Bukowski,
Kerouac,
Fante…
Dá-me vontade de gritar,
-Foda-se, eles tinham razão!
A vida é triste e cruel
Todos sabemos isso
Em cada manha que nasce
E não podemos fazer nada para a impedir
De triunfar como sempre acontece
Porque sempre estará presente
A nossa destruição
Continuamente embrulhada em descontentamentos
E o nosso egoísmo é tão cego
Que se esquece da alma
Numa viela promiscuída
Prostituindo-se para a cidade
Vendendo pequenos pedaços de contos
E historias eroticamente urbanas
A cidade…
Nunca me canso de escrever
Sobre ela
Como me distrai os monumentos
Envoltos sobre um manto de neblina
E as estatuas esculpidas
Nos semblantes negros e sujos das igrejas
O lixo oferecido em bandejas verdes
Para matar a fome em contentores
Restaurantes abertos 24 horas por dia
Com vários buffets,
Um casal de vagabundos
Passeando com as mãos sujas entrelaçadas
Puxando um pequeno carro de lona
Onde levam talvez o que de mais precioso
Devem ter para simplesmente continuarem,
Apaixonados
As ruas cinzentas e quebradas
O barulho da água vindo de um tanque
Numa varanda junto ao Douro
Onde uma velha lavadeira lava a roupa
E estende-a, sobre uma corda firmemente esticada e amarelecida,
Pelo tempo,
Pobre coitada
Lavou toda a vida
E no estagio para a morte
Continua lavando a mesma sina
Que aprendeu a gostar à força
O surreal está patente em semáforos
Que iluminam inúmeras passadeiras
Em cruzamentos de um único sentido
Que fazem acelerar os ponteiros do relógio
E trocam as voltas dos rebanhos
Deixando-os com medo
Porque nada é igual ao sistema que criaram
Agora as conversas são escritas
Para o corpo declamar através do toque
Um sentimento
Um coito
Por entre jardins onde as árvores
Tapam os olhos com as folhas verdes,
De primavera
E os excêntricos povoam esquinas,
Sozinhos cortejam bonitas prostitutas
Os bares rebentam em orgias
Molhadas em fel vaginal
A arte libertou-se das suas amarras
E voltou a ser pura
Entregou-se aos olhares sonhadores
Embebedou-se,
E acabou a dormir na entrada de um prédio
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 846 leituras
other contents of jgff
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Arquivo de textos | Imagina-se, depois pensa-se em entrar | 0 | 868 | 12/18/2012 - 20:33 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Manhã | 1 | 959 | 03/31/2011 - 01:31 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | A vida é uma arte cruel | 0 | 846 | 03/30/2011 - 18:56 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Olhar o spleen de Candido dos Reis | 0 | 1.036 | 03/30/2011 - 18:32 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | O sono do pensar | 0 | 898 | 03/30/2011 - 18:19 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Nada se encontra | 0 | 854 | 03/30/2011 - 18:15 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | A procura da resposta pela dor | 0 | 900 | 03/30/2011 - 18:12 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Um fado cantado | 0 | 976 | 03/30/2011 - 18:05 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Poema sobre um taxi e um escarro que se saiu | 0 | 1.453 | 03/30/2011 - 18:00 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | O sossego das palavras | 0 | 811 | 03/30/2011 - 17:47 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Escolha | 0 | 1.037 | 03/30/2011 - 17:42 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | História sobre pétalas e uma ponte | 0 | 916 | 03/30/2011 - 17:36 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Compreensão | 0 | 1.081 | 03/30/2011 - 17:27 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Sopro | 0 | 1.089 | 03/30/2011 - 17:20 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Gaivotas | 0 | 1.322 | 03/28/2011 - 20:00 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Memória | 0 | 941 | 03/28/2011 - 19:50 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Gozar a morte | 0 | 1.026 | 03/28/2011 - 19:46 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Fumo os meu cigarros | 0 | 1.096 | 03/28/2011 - 17:52 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Não se encontra a resposta que procuramos | 0 | 1.055 | 03/28/2011 - 17:50 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | A morte de uma paixão | 0 | 885 | 03/28/2011 - 17:49 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Verão de Março | 0 | 828 | 03/28/2011 - 17:48 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | O dia nasceu chuvoso | 0 | 1.036 | 03/28/2011 - 17:46 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | A taberna | 0 | 1.046 | 03/28/2011 - 17:45 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | O passo | 0 | 913 | 03/28/2011 - 17:44 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Banco de jardim | 0 | 1.348 | 03/28/2011 - 17:43 | Português |
Add comment