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Ziguezagueando

Ziguezagueando

Ziguezagueando, sem rumo, perdida,
A rir, a chorar, na inércia ou no trabalho,
Será que eu estou mesmo a realizar,
As minhas esperanças e sonhos na vida?


Aqueles verdadeiros, de vislumbres divinos imbuídos,
Afastados dos superficiais, ressequidos,
Do meu plano traçado em outras dimensões?
Será que me encontro no lugar e posições
Em que eu posso ser, do Pai, útil e valioso instrumento?


Ziguezagueando, sem rumo, perdida,
Será que eu ajo de acordo com os desejos do meu coração?
Atrevo-me pois a indagar: “Qual é então a razão,
Do permanente assalto deste descontentamento?


Algo me diz, a Voz dentro de mim, a minha consciência,
Que circunstâncias momentâneas podem estar a ser impulsos providenciais
Para que eu desperte do sono da inércia consentida
Em que por ventura eu viva chamando-lhe prudência,
Para que eu pare de ziguezaguear perdida
E possa dar contorno e forma leais
À expressão da minha plena competência.


Talvez seja agora o tempo exacto da minha natividade,
De pôr em acção toda a minha criatividade,
Sair de dentro de mim, voar, pungente,
Servir a Deus ou aos outros de forma diferente,
Parar de ziguezaguear, sem rumo, perdida.


No reconhecimento desse impulso interno, a voz de Deus,
Ouso considerar novas possibilidades,
Descobrir em mim novas potencialidades,
Permito-me escutar a voz do meu coração,
0uvir os lamentos e anseios seus,
Sem condicionalismos, da vida a sua visão.


Eu quero mesmo parar de ziguezaguear
E assim coloco-me flexível e aberta, embora comedida,
Sem consentir-me limitação ou ideia pré concebida
Do que eu sou capaz de realizar.


E eu creio, Deus meu, Pai amado,
De que Tu em mim, tudo provês, rebuscado,
Para satisfazer o anelo luzente,
As esperanças e os sonhos, pacientemente,
Algures e no tempo perdido e agora achado!


Pai, Sê pois em mim, a força, a coragem,
Para eu seguir com determinação e firmeza
0 plano traçado na serenidade e agora na voragem
Da página que estou a viver, qual proeza,
Protagonista que me sinto em cena no palco da vida
Nem sempre compreendida, mas aceite como merecida!


Eu quero parar de ziguezaguear, sem rumo, perdida!
 

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sábado, julho 16, 2011 - 20:10

Poesia :

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Mª da Graça Moura

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