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O sonho caminha em mais um alvor!

Coloquei todos os vícios nos bolsos e caminhei, num largo espectro.
O leme é a luz que vem do alto por entre lilases subtis e invulgares…assim desfilo.
As ciladas do tédio são nostálgicas e o destino silencioso quando avançamos pelas cordas suspensas que abraçam duas margens…os olhos abertos enxergam o breu de uma venda invisível.
Recolho as pedras soltas que esbarram nos meus pés, envolvo todas no meu regaço.
Nas bermas choram infelizes num descampado de emoções no limbo dos remorsos que não sentem nem deixam tombar no silêncio em que as palavras nada dizem. Toda eu suspiro, mato a sede e de novo parto para parte incerta, onde só o destino conhece os meios para lá chegar.
Num ritual sacro desvio os olhos dos galhos caídos e das folhas secas em plena Primavera…por descuido caíram e não previram que o limite é o chão.
Depois de tudo, o sol volta com a aurora e na voz da madrugada o sono acorda e o sonho caminha em mais um alvor!

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segunda-feira, maio 10, 2010 - 21:32

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AnaCoelho

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