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Poema impróprio

Acorda com a mente compulsando como sapo nos dias úmidos
Para exalar um cheiro de pecado e de sexo vulgar.
Salta para mais uma noite de loucura e de um prazer vicioso.

Os corpos esculturais deixam à mostra lingeries da atração,
Olhares de felinas, de serpentes,
Olhares que chamam para o prazer
Não são olhares de possuir, mas de possuídas.

As calcinhas, os sutiãs delineiam as curvas,
Quase podemos sentir o cheiro da pele em sua exalação de desejo.
Traseiros e seios voluptuosos estão presentes on line, nos outdoors, nas TVs,
Nas esquinas, nos prostíbulos e nas vitrines das lojas com seus manequins...

Tudo é sexo
E o sexo é a loucura compulsiva de acasalamento dos vermes humanos
Imbuídos de total frieza.

Pornografia está na mente deste ser que não tem culpa
De seus atos desenfreados e imediatistas.
Transformaram o mundo numa grande boate virtual
Causando uma lavagem em seu cérebro.
Agora ele não consegue controlar o desejo de um orgasmo acumulado.
Lutou para não ser possuído, mas o demônio da perversão
Comprou sua alma.

Um cachorro no cio dentro de um ser bruto escolhe uma vítima jovem e delicada.

A ereção não o deixava dormir e culminou no desespero.
Acordou afogado no seu suor e foi atrás de uma vítima.
Ela passava, era jovem, morena, corpo amostra, pernas torneadas e lisas,
Seios empinados, andar “rebolado”, roupas íntimas em relevo, calça apertada,
Decote a vista... A deusa da fornicação!

O coração da fera disparou e o frio suor desceu pela sua testa.
Anestesiado pelo cio, buscou a sombra e cantou-a,
Gritos abafados que o excitavam ainda mais,
Mordidas nas mãos que o deixavam ainda mais louco.
O seu cérebro passou a ser o seu pênis.

Ela esperneava, mas no fundo sentia prazer ao ver aquele rosto nojento,
Aquele exalar fétido de axilas, aqueles olhos de cão na farra lutando pela cadela,
Aquele bafo, aquele gemido de porco...
Ela passou a sentir prazer por ser estuprada por um monstro,
Lutava, mas no fundo queria sentir aquele membro monstruoso
Em sua vagina toda molhada e apertada.
Ela gritava, mas pensava, vem, vem, vem...
E ele com impetuosidade começou a estocar com força o seu membro...
De repente ela passou a gemer de prazer.
Na hora que ele percebeu que ela sentia prazer ao em vez de horror,
Ele parou.
Envergonhado saiu sem um orgasmo.
Ela furiosa, ficou a ver navios.

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quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 22:49

Ministério da Poesia :

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FranciscoEspurio

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