Elegia ao Amor
Surge a primavera!
Sinto pelos ventos de setembro
A agitar as marés, a barca dos pescadores
E eu, a contemplar neste vazio retângulo...
Época tão maravilhosa,
mas, pra mim não, houve mudança só de estação.
Os pássaros cantam alegremente neste céu enevoado,
Nada os afugenta da contemplação.
Por que não arrebatar-me aos teus encantos?
Essa pequena serenata de Mozart
Delineia os espinhos cravados em minha senda
Há coisas que a vida não explica por mais que a sondemos.
Ter interminável amor e peregrinar no deserto d'alma,
procurar uma fonte de júbilo,
E cair no desespero, e devido a que?
Ter tanto amor e não encontrar quem possa usufruí-lo...
AjAraújo, o poeta escreve sobre as desiluções amorosas nos tempos de estudante universitário, escrito em Setembro de 1974.
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