Obrigado Viseu

Vou brilhar numa ponta de escuridão
candelabro vindo do coração
que ilumina ruas e avenidas inteiras duma só vez
vultos cegos e sem expressão esperando o fim do mês
peço desculpa se um dia te magoei no âmago
mas não sou teu amigo só para sair ao sábado
tenho-te em grande conta numa conta sem recheio
abraço-te humildemente e de espírito cheio
em cheio acerto eu quando olho a pessoa no íntimo
fui educado a saber que o superficial é imensamente ínfimo
enferma aparência que colide com a minha filosofia
de expandir o meu ser até ao cume do monte da fantasia
cruzo rua a rua com a alma nua corro até ao sucesso
como uma gazua esperançado em ser agressivo e controverso
peço banhado a lágrimas que esta vida vire o seu tabuleiro
para a uma plataforma mais favorável neste troço passageiro
não abdico desta paixão cega que só vê o elo amado
palavras e verbos tocam-se num ritmo embalado
a mente acaricia a escrita como uma mãe num bebé
do meu coração vem a força inata para remar contra a maré
tenho saudades tuas e das tuas expressões
acções inusitadas que me faziam suportar decepções
dos cafés às portas da Sé que me faziam arrepiar
dói-me a alma de tanta saudade quando me ponho a relembrar
um beijinho para ti e um abraço ao resto da tropa
inseparáveis até à ultima unha seja qual for a moca!

Obrigado Viseu.