Agora ar é ar e coisa é coisa: traço (Cummings)
Nenhum da terra celestial seduz
nossos olhos sem ênfase onde luz
a verdade magnífica do espaço.
Montanhas são montanhas; céus são céus -
e uma tal liberdade nos aquece
que é como se o universo uno, sem véus,
total,de nós(somente nós)viesse
- sim; como se, despertas do torpor
do verão,nossas almas mergulhassem
no branco sono onde se irá depor
toda a curiosidade deste mundo
(com júbilo de amor)imortal e a coragem
de receber do tempo o sonho mais profundo
Edward Eastlin Cumrnings, que literariamente sempre assinou, e.e. cummings (em caixa baixa) (1894-1962), poeta e pintor norte-americano. Poema traduzido por Augusto de Campos.
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Friday, October 28, 2011 - 12:04
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