VERDADE DE VIDA

Eu sinto que uma parte de mim morreu, é tão visível que não consigo mais esconder, as minha atitudes e ações mudaram, já não emociono, e nem chamo atenção, me sinto como numa câmera fria, carne congelada e sem ação. As críticas e comentários não me ajudaram a mudar, e nem reviver o que morreu.

Aquela alegria jovial e bom astral me deixaram, já não vejo mais como encarar a vida e viver de forma contagiante como dantes vivia. Não sinto prazer em está morta, sem vida, sem motivação.

Passei por tantas desilusões que me trouxeram frustrações, com o passar do tempo foram se acumulado dentro de mim, quando me dei conta, me achei assim, metade viva e metade morta, uma parte clama por ressurreição,  a outra parte não tem reação.

Quero tanto voltar a sorrir por inteiro, colher frutos, mergulhar nos rios de lembranças, que animava e coloria a minha vida, voltar ao astral perfeito de antes, necessito urgente de voltar a viver.Ser contagiante, sorrir bastante, e correr, correr com prazer.

Não tenho um culpado, os amores frustrados, picharam meu coração, meu íntimo, meus pensamentos, e hoje me encontro esse vegetal ambulante. As pessoas que me marcaram continuaram vivendo e sorrindo, anda como se nada tivessem cometido.

Enquanto isso, clamo pra viver dias felizes. Esse tempo que não me ajuda, a cada dia que passa encontro uma ruga, uma expressão de velhice, fios brancos, mas o coração continua sem encanto, minha alma estagnou, ando no ponto morto.

A última que o destino me pregou, na verdade não fora o destino, fora o fruto da minha escolha.

Acreditei num amor, acreditei que assistiríamos o pôr–do-sol juntos, que caminharíamos na areia molhada da praia, todas as manhãs, que seria uma verdade pra ele. Mas o tempo passou e me provou que acreditei numa mentira, e tudo que era felina, o pouco de vida que havia, se foi, foi, e foi, me deixou marcas, decepção, dor, agonia, os dias passaram e o tempo voou, recebi alento, esqueci do que passei, mas não devolveu a alegria que perdi.

Sinto falta de ser mulher fatal, bela, cheirosa e simpática. O tempo passa, as horas voam, e eu permaneço nessa incógnita, sem resposta e reação!

Esses dias pensei em montar um atelier e me envolver totalmente com a arte, parar de ver gente e montar um mundinho só meu. Dona  das chaves da porta da frente e da porta do fundo. Mas o mundo da fantasia não é real, passa rápido, e o desejo de ser alguém volta, e a falta de ver gente também.

Hoje eu lembrei do brejo da fazenda da sogra da minha tia, como era perfeito o vão limpo para a labuta diária, os canteiros na orla dele, e o espaço para os banhos diários, hoje lá não é mais assim, esse mesmo brejo não está utilizável, as chuvas provocaram enchentes e as mesmas mudaram o curso livre das águas, trouxe vegetais que cobriram o espaço utilizável e limpo do rio, e os canteiros de verduras nas orlas não mais existem. De lá dava para admirar o belo cajueiro do outro lado do brejo, dava para contemplar o capinzal e os boiadeiros de meu avô.

Veja só as mudanças se dão primeiramente na natureza, e o fato de hoje me encontrar assim não dar o direito de ser conjugada ou taxada como estranha, os meus amigos me perguntam diariamente pra onde fora a minha alegria, o jeito de menina feliz e único que eu tinha, bom eu não tenho respostas, se eu as tivessem, com certeza eu mudaria.

Quero deixar claro que vivo da minha maneira, e tento fazer algo novo a cada dia, o passado não me consome, não sou museu para reter o antes, vivo o presente e aproveito a chance de continuar o que a vida me deu, me apego a Deus e olho para o sacrifício da cruz, essa atitude conserva viva a metade que de mim restou, digo mais, ainda tenho esperança de ressurreição. Um dia me entenderam, o futuro está reservado, de que forma desfrutarei dele, eu não, só sei que chegarei lá.

E se isso não acontecer, quem sabe a psicologia humana não me estude para encontrar respostas de comportamento, quando estudarem as marcas deixadas no meu coração, terão surpresas.
 

 

Elizaete Ribeiro

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Sunday, November 13, 2011 - 13:46

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Elizaete

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Meu AMIGO ALBANO

Oh meu amigo, tu sabes que te prezo muitissimo, e que tuas palavras me fazem muito bem.

Muito obrigada pelo teu imenso carinho. Sim, meu amigo, eu acredito em dias melhores. Eu acredito no futuro 

feliz. Mas uma vez, muito obrigada querido amigo.

 

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Elizaete, foi com um

Elizaete, foi com um verdadeiro pezar, que te vi vires aqui relatar, o que a vida te reservou.

O brilho do teu coração, tal como a tua amizade, sempre me causou muita saudade. Na verdade, sempre me encantou um bom bocado,

e  saber de tudo isto me deixou completamente atordoado. Mas tenho a certeza, minha querida, que em breve irão voltar à tua vida

 as alegrias, e irão apagar a tristeza destes dias. Deixa-me que te diga que continuas a ter o teu lugar no meu coração,

e como tu deves calcular, minha querida, basta te querer, e terás como sempre a minha mão amiga a te esperar.

Tu também sabes, que logo melhores dias irão chegar...

Peço-te que de tudo o que digo aqui, nada leves a mal, pois sabes que gosto muito de ti

e quero muito ver-te levantar esse teu astral, nem que seja só um pouquinho...

Aqui te deixo um meu terno beijinho,

:-)

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